Manuel Alegre nega que recebe três mil euros de reforma da RDP

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Alegre diz ser vítima de uma infâmia que "visa atingir uma pessoa impoluta" Nuno Veiga/Lusa (arquivo)

Manuel Alegre desmentiu hoje que foi reformado com 3219,95 euros mensais por ter desempenhado por três meses as funções de coordenador de programas de texto da Rádio Difusão de Portugal (RDP), afirmando que o valor que recebe relativo ao trabalho aí desempenhado "é quase uma insignificância" da pensão a que tem direito.

“Como trabalhei alguns meses na rádio e sempre mantive esse vínculo, no meu regime contributivo, ao longo destes 30 anos, estão uma parte da rádio. Mas isso é muito pouco, é quase uma insignificância naqueles três mil euros e tal que é a reforma a que tenho direito”, explicou Manuel Alegre em declarações à RTP.

O vice-presidente da Assembleia da República considera que a notícia do “Correio da Manhã”, segundo a qual esteve apenas três meses como director dos Serviços Criativo e Culturais da RDP e que pelo trabalho desempenhado foi reformado este mês com 3219,95 euros mensais, uma “mentira e infâmia que visa atingir uma pessoa impoluta”.

Manuel Alegre sublinha mesmo que “como antigo preso político” tem direito a uma pensão que nunca reclamou.

Manuel Alegre entrou para a RDP logo depois de ter regressado do exílio em Argel, pouco depois do 25 de Abril. Mas assim que foi eleito deputado do PS, nas primeiras eleições democráticas para a Assembleia Constituinte, em Abril de 1975, nunca mais desempenhou trabalho efectivo no cargo para o qual fora designado. Alegre revela, no entanto que, caso alguma vez não tivesse sido eleito, “teria regressado para a RDP”.

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