Madeirenses exigem auditoria às contas e recusam pagar dívidas de Jardim

Os participantes na manifestação anti-troika, reunidos este sábado em assembleia geral, em frente da Quinta Vigia, residência oficial do presidente do governo regional, decidiram lançar uma petição a exigir uma auditoria às contas públicas da Madeira.

 

“Não devemos pagar a dívida enquanto não se apurar responsabilidades pelos largos milhões gastos em obras inúteis, pela ocultação de dívidas e por, com tudo isso, estarem a sobrecarregar as actuais e futuras gerações com o agravamento de impostos para pagar essas pesadas dívidas”, defendeu Duarte Rodrigues, um dos promotores da concentração.

“Aqui mora o lobo mau” que, “como nas histórias, também será devorado pela alcateia que criou”, comentou Rodrigues. “Se és corajoso vem cá fora”, desafiou o orador em frente da residência oficial de Jardim. “Vens cá fora! Vem cá fora! Vem cá fora!”, repetiram os manifestantes que também declararam que "o povo unido jamais será vencido"..

“Infelizmente a Madeira é uma região dita democrática que tem um ditador há mais de 30 anos no poder”, acrescentou. “Ditador! Ditador! Ditador”, gritaram os manifestantes que várias vezes entoaram Grândola e o Hino Nacional. “Aqui é Portugal”, frisaram numa das palavras de ordens. “Mas onde estão os mais de 20 mil madeirenses desempregados?”, questionava um dos manifestantes, insatisfeito com a reduzida adesão ao protesto, numa região que “bate o recorde nacional de desemprego, de insolvências e de carga fiscal”.

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