Madeira disponível para receber migrantes, porque é um dever civilizacional

Executivo madeirense promete ser um “porto seguro” para os refugiados, dando-lhes todas as condições ao nível de saúde, habitação e acesso à educação.

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A Madeira está disponível para contribuir para o “esforço” nacional no acolhimento de refugiados e migrantes que estão a chegar à Europa.

A decisão, tomada esta quinta-feira pelo executivo madeirense, e divulgada após o Conselho de Governo, foi justificada pela “emergência humanitária” que o actual fluxo migratório exige.

“Esta realidade constitui-se como uma emergência humanitária que exige uma resposta de todos, concertada entre os diversos níveis de administração e a sociedade civil, à qual a Região Autónoma da Madeira não pode e não quer estar alheia”, disse o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus, Sérgio Marques, vincando que o executivo madeirense disponibiliza-se para, “em conjunto com as autoridades nacionais”, contribuir para o “esforço” de acolhimento de refugiados e migrantes.

Garantindo condições dignas ao nível de saúde, habitação e acesso à educação, “porque esse é um dever civilizacional e histórico”, Sérgio Marques diz que a “generosidade e a solidariedade” dos madeirenses é “reconhecida” e será testada mais uma vez.

“Não vamos defraudar as expectativas de todos aqueles que olharem para nós como um porto seguro onde possam viver em segurança”, vincou, lembrando que as “imagens chocantes” convocam todos a agir.

“O Governo regional espera consenso entre os países da União Europeia para a criação de políticas comuns em matéria de asilo, refugiados e migração, assentes no princípio da solidariedade e nos valores humanos que caracterizam a Europa e que é a sua matriz ética, herdada da tradição judaico-cristã”, defendeu o secretário regional.

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