Machete diz que não identificou jihadistas portugueses e está disponível para esclarecimentos

PS tinha pedido uma audição, à porta fechada, do chefe da diplomacia portuguesa. Ministro quer a porta aberta.

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Rui Machete defendeu-se ontem na comissão parlamentar invocando "propósito de apaziguamento" miguel manso

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, aproveitou a sua intervenção desta sexta-feira à tarde, no âmbito das jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS, para garantir que não identificou jihadistas portugueses que poderão querer regressar a Portugal.

"Nas declarações que proferi à Rádio Renascença, não consta qualquer tipo de informação que permita a identificação de cidadãos portugueses que participem neste movimento terrorista", afirmou.

Esta intervenção de Machete ocorre poucos dias de ter avançado, em entrevista, que há portugueses envolvidos no auto-intitulado Estado Islâmico que quererão regressar a Portugal, o que poderia constituir um problema. O facto dessa informação poder ser “secreta” adensou entretanto a polémica, com o PS a pedir uma audição parlamentar do ministro à porta fechada.

Agora, o governante foi à sala do Senado, na Assembleia da República, afirmar que está disponível para prestar todos os esclarecimentos que os deputados entenderem, respondendo assim ao pedido feito pelo PS, esta quinta-feira, para ser ouvido à porta fechada na comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas. “Terei todo o gosto em vir prestar todos os esclarecimentos. (…) Estou disponível para que essa audição seja à porta aberta. Não vejo aliás nenhum motivo para que seja à porta fechada”, afirmou.

Rui Machete acrescentou que existe “o dever de tentar a reabilitação” destes jovens, mas que esse propósito tem “inevitáveis limitações”.

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