Machete diz que greve da TAP afecta a imagem de Portugal

Problemas da companhia têm sido tema com as autoridades brasileiras.

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PS diz que não há "condições legais nem politicas" para que se mantenha o processo de venda da TAP Paulo Ricca

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, considerou esta terça-feira que a greve na TAP afecta o prestígio da companhia e a imagem de Portugal enquanto destino turístico, pedindo "bom senso" aos pilotos para o futuro.

"A greve tem sido um insucesso do ponto de vista daquilo que os sindicatos medem. O número de voos realizados tem sido bastante superior aos não realizados", mas "o prejuízo do ponto de vista do prestígio da companhia, do pessoal e o risco que faz correr é grande", afirmou Rui Machete no Rio de Janeiro, no segundo dia de visita oficial ao Brasil.

"Esperamos que o bom senso venha mais tarde a reganhar o predomínio nas mentes dos pilotos da TAP", acrescentou o governante, que teme consequências desta greve para o futuro da própria companhia. Rui Machete disse esperar que, "no que diz respeito ao processo de privatização, não haja consequências particularmente graves, mas algumas poderá haver, não vale a pena ter ilusões a esse respeito", salientando que o tema tem sido objeto de conversas com responsáveis brasileiros.

Os interlocutores "estranharam como é que uma companhia que presta serviços tão relevantes e que tem vindo a ganhar projecção pode ser tão gravemente prejudicada por uma greve que eles não percebem bem as razões porque foi lançada, além do propósito um pouco mesquinho: 'é mais uns cobres'", explicou o governante português.

Por outro lado, esta greve cria um problema de imagem, com "a importância que a TAP tem para o Brasil" e "para o bom nome de Portugal como país hospedeiro em que o afluxo turístico brasileiro tem vindo a crescer", acrescentou Rui Machete.

 

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