Juntos Podemos não exclui ser partido e começa já a recolher assinaturas

Novo partido pode estar em formação para as próximas eleições legislativas. Joana Amaral Dias e Nuno Ramos de Almeida são os protagonistas.

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Joana Amaral Dias é uma das protagonistas do Juntos Podemos Pedro Elias

O movimento "Juntos Podemos" decidiu este domingo não excluir a sua constituição como partido político para concorrer às próximas eleições legislativas, remetendo para o dia 24 de Janeiro uma decisão sobre esta matéria.

A proposta de não excluírem poder a vir a participar nas próximas eleições foi defendida pela antiga deputada do BE Joana Amaral Dias e pelo jornalista Nuno Ramos de Almeida e votada, entre outras, numa "assembleia cidadã" que decorreu este fim-de-semana em Lisboa.

A assembleia decidiu também que, embora remetam para um outro momento a discussão da criação de um partido (uma outra assembleia a realizar no dia 24 de Janeiro), começam já a recolher assinaturas para entregar no Tribunal Constitucional e poderem constituir-se como partido, que é a única forma legal de concorrerem às eleições legislativas, em que não se admitem listas de movimentos de cidadãos.

"Houve um consenso geral de que será sempre um movimento de cidadãos, que depois pode assumir formas diversas em função das circunstâncias", sintetizou aos jornalistas João Romão, que, tal como Ramos de Almeida e Joana Amaral Dias estava na mesa da assembleia e faz parte da equipa coordenadora do Juntos Podemos.

"Houve uma discussão mais pormenorizada, mais focada, sobre o que pode ser a participação nas próximas eleições. Houve pessoas que acharam que não devíamos fazer isso, houve pessoas que acharam que devíamos decidir já hoje se fazíamos isso. Prevaleceu a ideia de que devíamos avaliar essa possibilidade, quer em função dos nossos próprios meios, quer em função do contexto, num futuro próximo", acrescentou.

Houve várias propostas a serem votadas: a de se avançar imediatamente para a criacão de um partido (teve 4 votos), a de o Juntos Podemos permanecer somente um movimento (reuniu 21 votos), a de não excluir a sua constituição como partido e iniciar já uma recolha de assinaturas nesse sentido (a proposta que venceu, com 84 votos).

 

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