Jardim distinguido por militares como “homem de honra e de uma só palavra”

Presidente do Governo Regional da Madeira recebeu medalha militar da Cruz de S. Jorge.

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Governo Regional da Madeira poderá ser obrigado a vender o Jornal da Madeira. Adriano Miranda

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, foi agraciado nesta segunda-feira com a medalha militar da Cruz de S. Jorge, de primeira classe, imposta pelo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, em "reconhecimento pelos serviços prestados que em muito contribuíram para a eficiência e cumprimento das Forças Armadas Portuguesas na Madeira".

A distinção, anunciada a 28 de Dezembro, foi entregue na cerimónia pública que empossou o major-general Marco Paulino Serronha como comandante operacional da Madeira. Ao acto assistiram o representante da República, Irineu Barreto, o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Miguel Mendonça, o bispo do Funchal, António Carrilho, responsáveis pelos três ramos das Forças Armadas e forças de segurança no arquipélago.

Nos elogios a Jardim, o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general Esteves de Araújo, disse nutrir pelo governante madeirense "respeito e admiração", reconhecendo-lhe "carisma", "patriotismo", "prestígio", "pragmatismo". É um "verdadeiro líder, homem de honra e de uma só palavra", sublinhou o genera,l que relevou a postura do presidente do executivo madeirense em matéria de cooperação institucional com os três ramos das Forças Armadas.

A medalha militar da Cruz de S. Jorge foi criada em 22 de Dezembro de 2000. Destina-se a galardoar os militares e civis, nacionais ou estrangeiros que, no âmbito técnico-profissional, revelem elevada competência, extraordinário desempenho e relevantes qualidades pessoais, contribuindo significativamente para a eficiência, prestígio e cumprimento da missão do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA).

No final de Novembro, ao deixar o cargo de comandante-chefe das Forças Armadas na Madeira, o major-general Tiago Vasconcelos elogiou o "enorme surto desenvolvimentista não apenas económico, mas também social, cultural, político e cívico"  registado na região nas últimas três décadas, o que "tem permitido à maior parte dos madeirenses serem felizes na sua terra". Um feito que, entre outros factores e actores, "tem um rosto" - o de Jardim - cuja "qualidade de liderança" o general enalteceu, fazendo votos para que o presidente possa continuar a servir a Madeira e Portugal por muitos e bons anos com a sua "inteligência e vastíssima experiência".

Os elogios de Vasconcelos, na altura louvado por Jardim, foram duramente criticados por partidos de oposição, que, lembrando a grave situação financeira e sócio-económica da região, recomendaram ao general uma postura mais moderada, de acordo com a isenção e reserva exigidas aos militares face o poder político. Recordaram também a posição de Jardim que, nos finais da década de 70, invectivando contra a instituição militar, proclamou: “Os militares já não são o que eram. Os militares efeminaram-se.” A afirmação valeu-lhe um “correctivo” por parte do comandante do Regimento de Infantaria da Madeira, coronel Carlos Lacerda.

 
 
 

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