Investigação a Sócrates terá mesmo de terminar em Março de 2017

Procuradoria Geral da República poderia ter optado por mais um adiamento, mas decidiu manter o prazo dado aos procuradores que investigam a Operação Marquês.

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Além do ex-primeiro-ministro há mais 16 arguidos, entre eles 12 pessoas e quatro empresas fernando veludo/arquivo

A investigação da Operação Marquês terá mesmo de ser concluída até Março do próximo ano, depois de a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, ter decidido não dar mais tempo aos procuradores que investigam o antigo primeiro-ministro José Sócrates.

A notícia é avançada pelo Diário de Notícias e pela TSF.

Joana Marques Vidal tinha admitido a possibilidade de estender o prazo caso fosse apresentado em Dezembro um “requerimento fundamentado dos magistrados titulares do inquérito”, cita o Diário de Notícias. Contudo, a procuradora decidiu não avançar com o prolongamento do prazo de 180 dias dado em Setembro, visto "não se justificar qualquer reponderação do prazo estabelecido", referiu o gabinete de imprensa da PGR ao jornal.

Em resposta enviada à TSF, fonte oficial da Procuradoria-Geral da República especifica, por outro lado, que Joana Marques Vidal abdicou do relatório intercalar que lhe deveria ser apresentado este mês. "[A PGR] foi informada pela equipa de magistrados afecta à investigação do ponto de situação do processo, tendo, assim, obtido uma informação pormenorizada e devidamente fundamentada relativamente ao estado do inquérito". Uma "informação que substituiu o relatório inicialmente previsto".

O prazo de conclusão da investigação do Ministério Público tem vindo a arrastar-se há algum tempo. O inquérito deveria ter sido concluído a 15 de Setembro, mas nessa altura a PGR prolongou a investigação por mais 180 dias.

A Operação Marquês conta com 18 arguidos, incluindo o ex-primeiro ministro José Sócrates, que esteve preso preventivamente mais de nove meses, e que está indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para acto ilícito.

São ainda arguidos o ex-ministro socialista Armando Vara e a filha, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, João Perna, antigo motorista do ex-líder do PS, Paulo Lalanda e Castro, do grupo Octapharma, Inês do Rosário, mulher de Carlos Santos Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Helder Bataglia.

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