Independentes quase duplicam presidências de câmara

Fenómeno das candidaturas à margem dos partidos foi reforçado este ano.

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Luís Filipe Menezes disse que assumiu a derrota sozinhoRui Moreira começou discurso de vitório elogiando Manuel Pizarro Paulo Pimenta

Os movimentos independentes conquistaram no domingo a presidência de 13 câmaras municipais, mais seis do que em 2009, com destaque para a eleição de Rui Moreira no Porto.

Das sete câmaras conquistadas em 2009, os movimentos independentes apenas mantiveram os concelhos de Oeiras, Estremoz e Redondo.

Em Amares e em Sines foram derrotados pelos socialistas e as candidaturas independentes ao Alandroal e a Gondomar foram inviabilizadas pelo Tribunal Constitucional, tendo ganho nestes concelhos a CDU e o PS, respectivamente.

Os novos concelhos independentes são os do Porto, Aguiar da Beira, Matosinhos, Vila Nova de Cerveira, Anadia, Portalegre, Borba, São Vicente (Madeira), Santa cruz (Madeira) e Calheta (Açores).

O empresário Rui Moreira candidatou-se como independente ao Porto, com o apoio do CDS-PP, e vai substituir Rui Rio (PSD), presidente desde 2001.

Aguiar da Beira, liderado por Fernando Andrade (PSD), terá agora como presidente Joaquim Bonifácio, eleito pelo movimento "Unidos pela nossa terra", Vila Nova de Cerveira, socialista desde 1989, escolheu como presidente João Fernando Nogueira, do Movimento PenCe - Movimento Independente Pensar Cerveira, e em Borba venceu António Anselmo, do MUB-Movimento Unidos por Borba.

Matosinhos e Portalegre mantêm os actuais presidentes da câmara, que escolheram recandidatar-se como independentes.

Guilherme Pinto, que ganhou Matosinhos em 2009, trocou o PS pelo movimento “Guilherme Pinto Por Matosinhos” e venceu com uma margem folgada sobre o candidato escolhido pelos socialistas, António Parada.

Maria Adelaide Teixeira, que substituiu o social-democrata Mata Cáceres em Agosto de 2011, decidiu candidatar-se como independente pela Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP) e venceu as eleições.

O PSD perdeu na Madeira duas câmaras para movimentos independentes, em São Vicente, onde ganhou o Movimento Unidos por São Vicente (UPSV), liderado por José António Garcês, e, em Santa Cruz, onde venceu o movimento Juntos Pelo Povo Santa Cruz, de Filipe Sousa.

O actual presidente da Calheta (Açores), Aires dos Reis (PSD) recandidatou-se e foi derrotado pelo movimento de independentes da Calheta intitulado “Dar vida ao concelho”, presidido por Décio Pereira.

Em Oeiras, Paulo Vistas ganhou a Câmara em nome do Movimento Isaltino Oeiras Mais à Frente (MAOMAF) e em Estremoz mantém-se o actual presidente Luís Mourinha, do MiETZ - Movimento Independente por Estremoz.

Em Redondo, o Movimento Independente do Concelho do Redondo (MICRE), que já ganhou as eleições em 2005 e 2009, voltou a ganhar, mas com o rosto de António Matos Recto, já que Alfredo Barroso, presidente da autarquia há 29 anos, não se podia recandidatar devido à lei da limitação dos mandatos.

Na Anadia, o MIAP III - Movimento Independente Anadia Primeiro, a lista independente apoiada pelo presidente Litério Marques e liderada por Maria Teresa Cardoso, venceu as eleições.

Em Amares, o Movimento Amares Primeiro, que actualmente dirige a câmara, perdeu para o PS e em Sines os socialistas conquistaram a autarquia ao movimento Sines Interessa Mais (SIM), com que o ex-CDU Manuel Coelho venceu as eleições em 2009.

A candidatura do Movimento Unidade e Desenvolvimento de Alandroal (MUDA), do actual presidente João Grilo, foi inviabilizada pelo Tribunal Constitucional, devido a alegadas irregularidades, o que também aconteceu ao movimento “Valentim Loureiro - Gondomar no Coração”, que estava à frente desta autarquia.

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