Henrique Neto ataca "independentes" que têm “partidos a recolher assinaturas”

O candidato presidencial formalizou a sua candidatura no Tribunal Constitucional ao apresentar 7950 assinaturas e lamentou que Marcelo seja “especialista dos factos e truques políticos”.

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Henrique Neto entregou 79 Miguel Manso

Henrique Neto foi esta sexta-feira ao Palácio Ratton formalizar a sua candidatura à Presidência da República para as eleições de Janeiro, ao apresentar 7950 assinaturas no Tribunal Constitucional. O candidato defendeu a independência da sua campanha e deixou muitas críticas aos candidatos “que se dizem independentes, mas não o são”.

“Esta é uma vitória difícil porque foram muitas pessoas que se sacrificaram, à chuva e ao sol. É mesmo difícil recolher as assinaturas. Por isso é que fico admirado com outros candidatos, à excepção do Paulo Morais, que têm as assinaturas mas que sei que não andaram na rua a recolher”, apontou Henrique Neto, acrescentando que Marcelo Rebelo de Sousa “disse que tinha conseguido as assinaturas de forma inorgânica”. “Foram os partidos que recolheram as assinaturas”, clarificou o antigo deputado socialista.

O candidato de direita foi o grande alvo do dia para Henrique Neto, que adjectiva Marcelo de “especialista dos factos e truques políticos”, que “faz de conta que não é apoiado por partidos”, o que diz ser “fugir à verdade, é hipocrisia”.

O militante socialista diz que o debate com Marcelo é o mais “desafiante” e o que mais deseja fazer, até porque “o debate não vai ser [como] aquelas prédicas da TVI, vai ter contraditório pela primeira vez”.

O antigo presidente de CDS-PP, Ribeiro e Castro, esteve presente na formalização oficial da candidatura de Henrique Neto. Também nesta sexta-feira foi anunciado pelo gabinete da campanha que Mira Amaral, ex-ministro com ligações ao PSD, é apoiante do empresário lisboeta. Apesar das críticas ao PS e do apoio de vários quadrantes da direita, Henrique Neto não quer ver a sua candidatura como um “abrigo” dos eleitores de direita que não querem votar em Marcelo. No entanto, admite que "poderia e deveria haver mais candidaturas à direita".

“A minha candidatura está aberta aos cidadãos que acham que a minha candidatura corresponde às necessidades do país. São as pessoas que nos últimos 10/15 anos não se acomodaram, não foram yes men, não receberam benesses do Estado”, diz. Notícia editada por Leonete Botelho.

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