Franquelim Alves foi o primeiro chamar a atenção para irregularidades no BPN, diz Relvas

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Secretário de Estado foi ao Parlamento falar da lei de bases do empreendedorismo, mas a audição foi dominada pelo tema da sua nomeação

O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, alegou que Franquelim Alves foi o primeiro a chamar a atenção para irregularidades no BPN e está a ser vítima de uma cabala política.

Nesta quarta-feira, no final de uma reunião com os líderes parlamentares e coordenadores da maioria PSD/CDS-PP nas várias comissões da Assembleia da República, Miguel Relvas desafiou quem tem factos novos sobre o secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação a apresentá-los na Procuradoria-Geral da República.

Questionado sobre se o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, sabia da passagem de Franquelim Alves pelo BPN, o ministro respondeu: “Ele nunca o escondeu no seu currículo. No currículo de quando foi nomeado para o [programa] Compete está lá. Não há aqui nada de novo, não há aqui nada escondido e não há aqui nenhuma surpresa. Ele nunca escondeu o seu currículo”.

Miguel Relvas afirmou que o novo secretário de Estado do Empreendedorismo “está a ser vítima de um ataque e de uma cabala política que não têm razão de ser”, acrescentando: “Se alguém tem provas, se alguém tem factos novos, que as apresente na Procuradoria-Geral da República”.

Interrogado sobre se não é politicamente difícil explicar a escolha de Franquelim Alves para o Governo, o ministro discordou: “Não. Foi a primeira pessoa a chamar a atenção para a situação de irregularidades [no BPN], como hoje já é público. Agora, muitos gostam de atirar falsas insinuações sem se basearem em factos”. E reiterou: “Se alguém tem factos, que os apresente”.

Por outro lado, Miguel Relvas foi questionado sobre a alegação feita pelo PCP de que o novo secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, um dia antes de tomar posse, foi nomeado director-geral de Veterinária, ficando com esse lugar “garantido” para quando deixasse o executivo.

Hoje, no parlamento, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, reagiu a estas afirmações do deputado comunista João Ramos qualificando-as de “absolutamente falsas” e manifestando-se disponível para prestar explicações sobre o assunto em comissão parlamentar.

A este propósito, o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares referiu que “os diretores-gerais, por iniciativa deste Governo, deixaram de ser nomeados, passaram a ser escolhidos por um júri independente”, que selecciona três nomes, de entre os quais os governantes depois escolhem um.

Miguel Relvas defendeu que quem é escolhido para ser director-geral “não perde o exercício de cidadania de poder vir a ser membro do Governo”.
 

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