Força Aérea Portuguesa detectou 146 embarcações com 672 refugiados a sul de Espanha

Portugal destacou uma aeronave para operar a partir de Málaga durante todo o mês de Julho, na Operação Indalo, e outra no sul de Itália, na Operação Triton.

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Pedro Passos Coelho visitou a aeronave portuguesa estacionada em Málaga com o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, e a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues. Enric Vives-Rubio

A aeronave C-295 da Força Aérea Portuguesa, destacada em Málaga nas operações de controlo da migração irregular no Mediterrâneo, detectou este mês, nas fronteiras marítimas a sul de Espanha, 146 embarcações com 672 refugiados a bordo.

Os números operacionais divulgados esta quarta-feira, relativos ao período entre 1 e 26 de Julho (passado domingo), demonstram que a maioria das pessoas localizadas é de nacionalidade marroquina, seguida da argelina. O balanço provisório - uma vez que a missão só termina na sexta-feira - foi apresentado durante a visita do primeiro-ministro, do ministro da Defesa Nacional e da ministra da Administração Interna ao destacamento nacional que está a participar na Operação Indalo, uma missão da agência europeia de gestão das fronteiras externas (Frontex).

O destacamento da Força Aérea Portuguesa, constituído por 19 militares e uma aeronave C-295 da Esquadra 552 - "Elefantes", encontra-se a operar a partir de Málaga, em Espanha, durante todos os dias deste mês de Julho, período em que está prevista a realização de 120 horas de voo.

Na ocasião foram também revelados dados sobre a Operação Triton, que decorre a sul de Itália e na qual está empenhada, também desde 1 de Julho, uma aeronave P-3C CUP+ da Esquadra 601 - "Lobos", que está a operar a partir da base italiana de Sigonella.

Entre 1 de Janeiro e 26 de Julho deste ano há o registo de 500 embarcações detectadas com cerca de 78.100 pessoas a bordo. A esmagadora maioria destes refugiados são originários da Líbia.

Face às previsões da Frontex, vai ser necessário aumentar o número de meios aéreos dos Estados-membros europeus, para o apoio e salvamento de imigrantes em situações de calamidade.

Tanto Pedro Passos Coelho como o ministro da Defesa, Aguiar-Branco, afirmaram, nas suas intervenções, que Portugal está disponível para apoiar estas missões com mais meios.

Portugal colabora anualmente, desde 2011, com meios humanos e materiais da Marinha, da Força Aérea e da Polícia Marítima, em operações conjuntas da Agência Frontex, especialmente no âmbito da detecção dos fluxos migratórios ilegais no Mediterrâneo, em resposta a pedidos internacionais veiculados através do SEF-Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

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