Ferro avisa Presidente que solução de governo deve ser o "mais estável" e "rápida possível”

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Ferro Rodrigues durante o encontro com Cavaco Silva Miguel Manso
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Ferro Rodrigues cruzou-se com Passos Coelho durante a condecoração a Guilherme d'Oliveira Martins e Assunção Esteves Miguel Manso
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Assunção Esteves, ex-presidente da Assembleia da República, foi condecorada por Cavaco Silva... Miguel Manso
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Os condecorados com Cavaco Silva Miguel Manso
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...e o mesmo aconteceu com Guilherme d'Oliveira Martins, ex-presidente do Tribunal de Contas Miguel Manso
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Ferro Rodrigues desiste de pedir parecer sobre texto da direita Miguel Manso
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Antes da condecoração, Cavaco encontrou-se com Ferro Rodrigues... Miguel Manso

Uma solução “mais estável para o país, para a Presidência da República, para o governo futuro e para a Assembleia da República”, mas que seja “o mais rápida possível” – foi isso que Eduardo Ferro Rodrigues foi pedir esta quarta-feira à tarde a Cavaco Silva.

O presidente do Parlamento avisou também o chefe de Estado que o “prolongamento de uma situação nova e difícil e complexa (…) não é uma situação positiva para o país”, mas Ferro Rodrigues lembra que é o Presidente que “tem nas mãos a chave da decisão e dos tempos da decisão”.

Numa curta reunião de menos de 15 minutos, o presidente da Assembleia da República foi ao Palácio de Belém cumprir as regras constitucionais e o regimento da Assembleia da República, informando pessoalmente o Presidente da República da aprovação “por maioria absoluta” de uma moção de rejeição do Governo, frisou Ferro Rodrigues.

Falando à saída do Palácio de Belém, considerou que a vida política nacional atravessa uma situação “particularmente complexa e difícil”, mas da sua parte, garantiu, Cavaco Silva só terá “contributos” para uma “relação positiva e forte do ponto de vista institucional”.

Questionado pelos jornalistas sobre o estado das relações entre o Governo, o Parlamento e o Presidente da República depois do chumbo do programa e consequente demissão do Executivo de Pedro Passos Coelho, Ferro Rodrigues limitou-se a dizer que do “ponto de vista institucional nunca há boas ou más relações”, mas antes “relações” – e essas são “construtivas”.

Mas admitiu que no Parlamento o cenário não é fácil. Contou que na conferência de líderes desta quarta-feira de manhã se pode verificar a “tensão, que é aliás normal, e a divergência, que é também salutar, sobre algumas questões de fundo”. Nessas questões inclui-se, disse, matéria constitucional sobre “o que é que acontece quando um Governo de gestão passa a ser um Governo de gestão demitido e quais são as consequências que isso tem em termos de propostas de lei a apresentar à Assembleia da República, de aceitação dessas propostas e de agendamento”.

Tento em conta este quadro, Ferro Rodrigues realça ser “evidente” que o prolongamento da situação “durante muito tempo seria má para o país, não só por motivos políticos, mas também por motivos financeiros, económicos e sociais”. Mas o presidente da Assembleia da República acredita que isso “não vai acontecer”.

Ferro Rodrigues falou aos jornalistas depois da condecoração pelo Presidente da República de Assunção Esteves, ex-presidente da Assembleia da República, de Guilherme d'Oliveira Martins, ex-presidente do Tribunal de Contas. Só após esta cerimónia, é que Cavaco Silva se reuniu com Passos Coelho.

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