Estado e MIT assinam acordo para internacionalizar conhecimento português

O acordo foi assinado pelo ministro da Ciência, Mariano Gago (à esq.), e o chanceler do MIT, Phillip Clay (ao centro)
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O acordo foi assinado pelo ministro da Ciência, Mariano Gago (à esq.), e o chanceler do MIT, Phillip Clay (ao centro) Inácio Rosa/Lusa
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O Estado português assinou hoje um acordo de colaboração com o Massachusetts Institute of Technology (MIT). Na cerimónia, o primeiro-ministro, José Sócrates, sublinhou que este é o primeiro acordo para a internacionalização do conhecimento português e para pô-lo ao serviço do crescimento económico do país.

"A cultura do MIT está muito ligada à aplicação do conhecimento", principal razão, a par da reconhecida distinção internacional, que levou a que fosse este o primeiro organismo internacional escolhido pelo Governo para este género de parceria, afirmou José Sócrates na sua intervenção na cerimónia de assinatura do acordo.

O acordo foi assinado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, e o chanceler do MIT, Phillip Clay, numa cerimónia em que também esteve presente o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.

A colaboração científica e tecnológica entre o MIT e instituições portuguesas decorrente do acordo começará, na prática, depois de uma trabalho de identificação e selecção de programas e também das instituições que em Portugal têm melhores condições para intervir.

Até Julho, técnicos do MIT, liderados, como adiantou Philip Clay, pelo responsável pela "Engineering Systems Division", Led Roos, que em conjunto com as autoridades portuguesas esperam terminar essa primeira fase do processo.

Para Philip Clay, este acordo abre as portas à construção de uma base de cooperação que será duradoura e de "grande impacto", sublinhando que o MIT associa "formação academia rigorosa e de excelência com o fomentar do desejo da descoberta" e aplicação do conhecimento. O responsável referiu que ainda não sabe que recursos do MIT serão necessários, questão também a definir na primeira fase, tal como a rede de infra-estruturas de colaboração entre o instituto e as instituições portuguesas.

O ministro da Economia, Manuel Pinho, adiantou, contudo, que a divisão de engenharia e a escola de gestão do MIT estarão seguramente envolvidas neste processo de colaboração. Também já foram identificadas algumas áreas de intervenção, entre elas a inovação na indústria de produção (automóvel e aeronaútica incluídas), energia, incluindo as renováveis, e ainda a gestão de infra-estruturas aeroportuárias e de redes ferroviárias.

"É importante envolver nestas iniciativas todas as instituições de ensino superior portuguesas e as empresas a elas ligadas", sustentou, por seu turno o ministro Mariano Gago. No trabalho da fase inicial "serão identificados outros sectores" para desenvolver iniciativas de investigação e formação avançada, referiu o ministro, e também se é necessário haver ou não um pólo do MIT em Portugal.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior apontou, contudo, que será também avaliada a oportunidade de desenvolver em Portugal uma área de estudos e programas avançados em Gestão, em articulação com o MIT, como outra área onde deve ser como uma oportunidade avaliada.

Os membros do Governo presentes referiram ainda que estão a ser estudadas outros acordos com diferentes instituições internacionais, dentro das medidas prometidas no âmbito do Plano Tecnológico, de que o acordo hoje assinado com o MIT faz parte.

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