Embaixada de Angola em Lisboa vandalizada

Duas janelas foram apedrejadas na madrugada de domingo, mas ninguém tentou entrar no edifício, confirmou ao PÚBLICO o assessor de imprensa da embaixada. Governo português lamentou "desacatos".

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Não é a primeira vez que o edifício da representação diplomática angolana em Portugal é atacado Nelson Garrido

A embaixada de Angola foi alvo este domingo de madrugada de um ataque com pedras, por desconhecidos, que destruíram duas grandes janelas do edifício, localizado na Avenida da República, em Lisboa.

O incidente ocorreu por volta das 6h00, quando ainda estava escuro. Tratou-se de um apedrejamento com pedras da calçada e ninguém tentou entrar no edifício, confirmou ao PÚBLICO o assessor de imprensa da embaixada, Estêvão Alberto.

“Foram elementos não identificados que cometeram esta barbaridade”, criticou o assessor que, no entanto, desdramatizou. “Não vamos estar aqui a especular. Não sabemos quem foi nem as razões que teve para o fazer. A polícia já esteve no local e está a investigar”, afirmou Estêvão Alberto, recusando qualquer tipo de interpretação para este acto de vandalismo.

As janelas atingidas são no primeiro andar, na fachada principal. Tendo em conta a estrutura do edifício, de fachada plana, a representação angolana em Portugal não acredita que a intenção dos desconhecidos fosse entrar na embaixada para roubar.

O edifício tem um segurança 24 horas por dia e sistema de videovigilância. “Por volta das 6h00 o segurança ouviu os estrondos e veio à porta. Mas foi tudo muito rápido e já não viu ninguém na rua. A essa hora ainda está escuro”, descreve o assessor. Quanto às câmaras de filmar, estas apontam apenas para a porta e para uma parte do passeio e não conseguiram captar qualquer movimento suspeito, conta. Os agressores terão tido o cuidado de ficar fora do alcance do sistema de vídeo.

Não é a primeira vez que o edifício da representação diplomática angolana em Portugal é atacado. O mesmo aconteceu há cerca de seis ou sete anos – Estêvão Alberto não soube precisar – e também nessa altura não se percebeu quem o fez ou as justificações.

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português condenou “os desacatos" do "grupo de desconhecidos" contra a embaixada angolana. O gabinete de Rui Machete diz, em comunicado, ter contactado o embaixador de Angola e considera que a polícia tomou "as medidas necessárias para apurar responsabilidades" pelo acto de vandalismo.

O MNE também adianta que foi reforçada a "protecção e a segurança da missão diplomática angolana".


 
 
 
 
 
 

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