Em eleições, a pressa é má conselheira

Chegou a parecer partida do Dia das Mentiras, mas afinal foi apenas precipitação: em apenas três horas, o PSD-Madeira perdeu e reconquistou a maioria absoluta que lhe havia sido atribuída no domingo. Perderia, revistos os votos a 1 de Abril, um deputado, passando de 24 para 23, ganhando a CDU o terceiro deputado destas eleições regionais na Madeira. No entanto, devido àquilo que depois veio a ser classificado como “um erro informático” (na recontagem não foram tidos em conta os votos do Porto Santo), o resultado voltou ao que era dantes. Mas, como tudo isto correu mal, ficou a dúvida. E vai haver recurso para o Tribunal Constitucional. O que nos leva a duas conclusões óbvias: a primeira é que, em Portugal, começa a ser hábito justificar tudo com “erros informáticos”; a segunda é que anúncios e contra-anúncios descredibilizam o sistema. Antes demorassem mais tempo, até acertar. Em eleições, a pressa é má conselheira.

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