Em Bruxelas, Paulo Portas repetiu que Portugal não é a Grécia

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse hoje que a situação de Portugal não tem semelhanças com a grega e escusou-se a comentar o referendo que acontece este domingo em dia de reflexão na Grécia.

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Paulo Portas tem feito propostas para o Ministério da Economia Enric Vives-Rubio

Em visita a uma feira de produtos portugueses em Bruxelas, capital da Bélgica, o também líder do CDS-PP não quis referir-se à consulta popular na Grécia, em que os eleitores vão votar sobre se aceitam as condições impostas pelos credores para ser dada ajuda financeira ao país, afirmando que não faz comentários sobre "um referendo que se passa noutro país e está em dia de reflexão", mas fez questão de sublinhar que considera que a situação de Portugal e da Grécia são distintas.

"Portugal já terminou o programa com a troika, Portugal não teve programa cautelar, não pediu mais dinheiro, não pediu mais tempo. O país vai ter um défice inferior a 3%, pela primeira vez ficará livre de sanções ou ameaças, vai ter acesso a flexibilidade, temos o investimento a disparar, as exportações a crescer, a economia a melhorar e a criação de emprego finalmente a dar resultados positivos. Nada disto repito, com todo o respeito, tem a ver com a situação na Grécia", afirmou Paulo Portas em declarações aos jornalistas.

O vice-primeiro-ministro e líder do CDS-PP, Paulo Portas, elogiou hoje o crescimento das exportações agroalimentares durante uma visita a uma feira de produtos portugueses em Bruxelas. "Quando se fala do sucesso das exportações é preciso reconhecer a parcela agrícola. As exportações agroalimentares até crescem mais do que a média das ouras, estão a crescer cerca de 7%", disse Paulo Portas aos jornalistas, após uma visita a uma feira de produtos portugueses em Bruxelas, capital da Bélgica.

Recusando que já esteja em campanha eleitoral para as legislativas que acontecem depois do verão, Paulo Portas disse que aproveitou esta feira, como é seu costume, para comprar produtos portugueses para abastecer a despensa.

"Há uns anos atrás Portugal exportava 3500 milhões de euros por ano em produtos agroalimentares. Neste momento, já ultrapassou os seis mil milhões de euros", referiu.

O vice primeiro-ministro elogiou ainda o trabalho do Governo de que faz parte no aproveitamento dos fundos do programa europeu PRODER, para o desenvolvimento do meio rural, e referiu ainda a "abertura de 265 novos certificados para novos produtos portugueses, que podem ser exportados para mais de 75 países".

Esta feira de produtos portugueses decorre durante este fim-de-semana num parque de Bruxelas e conta com o apoio do Partido Popular Europeu (PPE) e especificamente do eurodeputado Nuno Melo, do CDS-PP.


LUSA


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