Passos e Cavaco querem respostas mais eficazes para combater terrorismo

Presidente da República diz que Europa "não pode continuar de braços caídos". Primeiro-ministro reuniu em São Bento os embaixadores em Portugal dos restantes 27 países da União Europeia e representantes das instituições europeias para um minuto de silêncio ao meio-dia de Lisboa.

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Os embaixadores dos 2/ países da UE em Portugal em silêncio com o primeiro-ministro Enric Vives-Rubio
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Solidariedade na dor e solidariedade no combate ao terrorismo e na "rejeição ao ódio e ao terror" foram as ideias deixadas no Palácio de São Bento pelo primeiro-ministro português e pelo embaixador francês, depois da homenagem simbólica de um minuto de silêncio, ao meio-dia de Lisboa, convocada por Pedro Passos Coelho e em que participaram os embaixadores dos 27 países da União Europeia.

Mais ou menos à mesma hora, o Presidente da República defendeu, à chegada ao Funchal, a necessidade de toda a Europa se mobilizar para combater o terrorismo. "A Europa não pode continuar de braços caídos", disse com os olhos em Paris sobre aquilo que considerou ser um “ataque a toda” a Europa Ocidental.

Por isso, continuou, é necessário uma resposta coordenada de toda a Europa, na defesa da liberdade e da democracia. Como? Com mais meios humanos, materiais e financeiros, responde Cavaco Silva, sem defender claramente uma intervenção militar contra o Estado Islâmico.

Em Lisboa, no mesmo sentido, o chefe do Governo português defendeu ser “urgente encontrar respostas conjuntas cada vez mais eficazes no combate ao terrorismo”, mas avisou que também Portugal não deixará de “agir, com determinação, caso tal se justifique”.

Estas respostas conjuntas implicam uma “melhor e mais reforçada cooperação em vários domínios entre todos os Estados-membros”, não só ao nível da União Europeia, mas “igualmente ao nível internacional, uma vez que se trata de um fenómeno complexo e que não conhece fronteiras”, realçou Pedro Passos Coelho.

“Os hediondos ataques terroristas perpetrados em França não nos podem afastar deste nosso ideal comum de edificação de uma sociedade mais estável, mais desenvolvida, mais próspera e mais humana”, vincou o primeiro-ministro. “Devem, pelo contrário, dar-nos mais força para cumprirmos com tenacidade esta nossa tarefa comum”, acrescentou.

Passos Coelho deixou ainda uma palavra de pesar às famílias das vítimas portuguesas e à comunidade portuguesa em França — neste “trágico momento que a todos repugna e afecta” — e contou que enviou condolências ao Presidente francês logo na sexta-feira. Disse ainda que, ao reunir os representantes em Portugal dos restantes Estados-membros e das instituições europeias, pretendeu mostra a solidariedade e “incondicional apoio” ao povo francês, assim como a “rejeição ao ódio e ao terror”.

Agradecendo a iniciativa, o embaixador francês em Portugal, Jean-François Blarel, afirmou que a “solidariedade é um dos alicerces da União Europeia e é particularmente importante na luta comum contra o terrorismo internacional”.

O minuto de silêncio, assinalado pelos mais de 30 convidados na escadaria da residência oficial do primeiro-ministro, acabou por ser cumprido ao som dos sinos da Basílica da Estrela que tocavam o meio-dia. Portugal foi o último país a cumprir o apelo do minuto de silêncio em honra das vítimas dos atentados de sexta-feira à noite, em Paris, que foi feito nos outros países ao meio-dia (11h de Lisboa) do fuso da Europa central.

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