É “lamentável” que o PS não tenha “nesga de vontade” para resolver problemas, diz Miguel Macedo

Ministro afirmou que a "falta de sintonia do PS é fruto do puro calculismo político eleitoral"

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Quanto aos manifestantes que foram detidos, Miguel Macedo não fez comentários Foto: Daniel Rocha

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse neste domingo que considera "absolutamente lamentável" que não haja uma "nesga de vontade" da parte do PS para resolver os problemas de Portugal.

Miguel Macedo falava durante uma sessão de esclarecimento sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2014, que decorreu em Castelo Branco, e na qual não poupou críticas aos socialistas.

"Considero absolutamente lamentável que - numa democracia que já tem idade para ser madura e adulta, numa circunstância de absoluta excepção como aquela que vivemos em Portugal e que os portugueses vivem - não haja da parte do maior partido da oposição uma nesga de vontade para contribuir de forma positiva para superarmos a situação que temos no país", afirmou.

Sem se referir especificamente à recusa do PS em integrar a comissão para a reforma do Estado, Miguel Macedo fez questão de recordar que em "outros momentos muito importantes do país, o Partido Social Democrata teve comportamentos completamente diferentes do ponto de vista político", disse.

O ministro afirmou ainda a "falta de sintonia do PS é fruto do puro calculismo político eleitoral que hoje anima os seus dirigentes".

Relativamente à proposta do Orçamento de Estado para 2014, Miguel Macedo assumiu que "o esforço que terá que se fazer é duro e custa às pessoas", mas reiterou que é "necessário e absolutamente indispensável".

Classificou ainda "o ajustamento feito num espaço de tempo tão curto" como "brutal" e "difícil de fazer" e, ao dar resposta a questões que o próprio colocou, voltou a reconhecer que "é um ajustamento doloroso" e que "ninguém o faz por gosto".

"O que nos anima do ponto de vista da determinação política é sabermos que estamos a fazer aquilo que o país precisa que seja feito porque se não o fizermos Portugal não resgata a sua soberania", justificou.

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