Dilma Rousseff ausente da cimeira de Díli da CPLP

A Presidente brasileira Dilma Rousseff vai estar ausente da X Cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) que se celebra na próxima semana em Díli na capital de Timor-Leste, confirmou esta tarde o PÚBLICO junto da delegação diplomática do Brasil na CPLP

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Dilma Rousseff tem mais uma má notícia para gerir UESLEI MARCELINO/reuters

Cimeira foi marcada tendo em conta a final do Mundial de Futebol do Brasil

 A presença de José Eduardo dos Santos, Presidente da República Popular de Angola, também está em dúvida.

A ausência de Dilma Rousseff foi confirmada pelo embaixador João Roberto de Almeida Pinto, que chefia a representação do Brasil na CPLP. O diplomata referiu-se a problemas de agenda da Presidente brasileira que, na noite do passado domingo, esteve na tribuna do estádio Maracanã a assistir, com a Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e a chanceler alemã, Ângela Merkel, à final do Mundial de Futebol.

A decisão de não estar presente em Díli terá sido tomada por Dilma há precisamente uma semana, e os problemas de agenda alegados prendem-se com o clima pré-eleitoral para as presidenciais de Outubro bem como com a situação de tensão social que se vive no Brasil depois do Mundial. Dilma Rousseff será substituída na capital timorense pelo ministro de Estado das Relações Exteriores, Luíz Alberto Figueiredo Machado.

Em dúvida, está também a presença de José Eduardo dos Santos. A diplomacia de Luanda referiu ao PÚBLICO não estar em condições de “confirmar ou desmentir” a ausência do Presidente angolano. Do mesmo modo, não especificou os motivos da sua não presença. Eduardo dos Santos deve ser substituído pelo vice-presidente Manuel Domingos Vicente.

Para as autoridades de Timor, estas ausências são um duro golpe. A data da cimeira foi uma dor de cabeça, com os timorenses a optarem por uma data posterior ao Mundial de Futebol para, assim, poderem garantir a presença de Dilma. A sua ausência e a de José Eduardo dos Santos retira do palco da X cimeira da CPLP os representantes dos dois países que mais se bateram pela adesão de pleno direito da Guiné Equatorial à organização. É a 23 de Julho que os chefes de Estado ou seus representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Timor acordam a adesão do regime de Teodoro Obiang, há 39 anos à frente Malabo.

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