Quatro intervenções na abertura e três discursos no encerramento marcam o início e o fim das jornadas parlamentares do PSD e do CDS que, em dois dias, têm apenas dois pontos na agenda: um debate e uma reunião à porta fechada.

Estas jornadas parlamentares conjuntas, em modo light, que acontecem em Alcochete, Setúbal, segunda e terça-feira, servem para preparar o debate do Estado da Nação marcado para daqui a dois dias, segundo os dois líderes das bancadas.

No programa divulgado à imprensa, apenas consta um único painel de debate sobre o futuro da economia portuguesa, com a participação de três convidados: o economista Pedro Reis (antigo presidente da AICEP), o empresário Paulo Pereira da Silva (Presidente da Renova) e o jornalista da SIC Luís Ferreira Lopes. Terça-feira, está previsto uma reunião dos deputados à porta fechada.

Estas são as terceiras jornadas conjuntas da maioria PSD/CDS, mas as anteriores realizaram-se na Assembleia da República, por altura do Orçamento do Estado, e em que participavam todos os ministros. Agora, a escassos meses das legislativas, os grupos parlamentares “estão mais concentrados em fazer um balanço final da legislatura” e em mostrar as “posições sobre o desenvolvimento do país”, segundo Luís Montenegro, líder da bancada do PSD.

As posições dos partidos serão apresentadas pelos próprios presidentes. Paulo Portas abre as jornadas (depois dos líderes parlamentares e do líder da distrital do PSD) e Passos Coelho encerra, após novas intervenções dos líderes parlamentares.

O encontro prevê amanhã uma reunião dos deputados fechada à comunicação social. Segundo Luís Montenegro, os partidos vão também preparar o trabalho parlamentar até 22 de Julho (o último plenário da legislatura), já que “há dezenas de processos legislativos que estão em curso”.

A escolha de Setúbal para a realização das jornadas foi justificada por ser o distrito onde o PSD não tinha realizado nenhum evento parlamentar e também por motivos eleitorais. “Ambicionamos crescer eleitoralmente”, disse Montenegro. Já Nuno Magalhães, líder da bancada do CDS, admitiu que as jornadas vão permitir salientar a recuperação económica e lembrou que há “pequenas e médias empresas pujantes no distrito”.