A comissão política distrital do PSD de Santarém tem um novo líder desde sábado. Chama-se Nuno Serra e é deputado na Assembleia da República. Os militantes foram a votos no fim-de-semana e a maioria votou em Nuno Serra que vai a partir de agora ocupar o lugar que pertencia a Isaura Morais, presidente da Câmara de Rio Maior.

Nuno Serra, que deixa a liderança da comissão política concelhia do PSD para ocupar a presidência da distrital, conseguiu 840 votos, contra 663 obtidos por Isaura Morais, que se candidatava a um segundo mandato.

O novo líder da distrital social-democrata venceu nas concelhias com mais militantes, como foi o caso de Santarém, onde obteve 265 votos, contra 155, de Ourém (155 contra 119) e de Tomar (96 contra 21). A candidata derrotada venceu por esmagadora maioria na sua concelhia, Rio Maior (92 contra 4).

A lista de Nuno Serra apresentava para vice-presidentes o deputado Duarte Marques e João Moura, gestor e ex-deputado social-democrata, e o mandatário era o eurodeputado Carlos Coelho. Já Isaura Morais escolheu o actual presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, para seu mandatário.

O advogado Pinheiro Lopes é agora o novo presidente da mesa distrital, derrotando Vasco Cunha, deputado do PSD e ex-líder da distrital social-democrata.

O agora eleito presidente da distrital de Santarém afirma que esta vitória “foi demonstrativa de que os militantes querem mudança, uma nova ambição, algo diferente. Nem melhor, nem pior, diferente”.

Encerradas as urnas e com uma campanha eleitoral à porta, Nuno Serra quer agora “unir todos” os militantes. “Os números não interessam. Agora temos que estar todos unidos e vamos fazer o que nos comprometemos. O nosso adversário está lá fora e é a nossa oposição, o PS, o BE e o PCP”.

Alegando que “começa um tempo novo no distrito de Santarém”, o novo líder da distrital quer, desde já, começar a preparar as eleições autárquicas de 2017, porque - salienta -, eleições destas não se ganham em seis meses.

No PSD as eleições para as distritais não se realizam todas no mesmo dia. Há distritais que promoveram eleições logo a seguir à autárquicas, outras, como o Porto, optaram mesmo por antecipar o acto eleitoral um pouco antes das eleições locais. Na calha para ir a votos estão as distritais da Guarda e Coimbra.