CDU junta-se aos protestos contra conferência do BCE a 25 de Maio

Após o Bloco de Esquerda se ter queixado à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e a Cavaco Silva acerca da realização de uma conferência do BCE entre 25 e 27 de Maio, foi agora a vez da CDU.

João Ferreira, deputado do PCP no Parlamento Europeu e primeiro candidato da lista da Coligação Democrática Unitária (CDU) às eleições para o Parlamento Europeu, contesta a realização da conferência “Política monetária num contexto financeiro em evolução”, prevista para começar a 25 de Maio, dia das eleições europeias.

No protesto enviado pela CDU ao presidente da Comissão Europeia, a coligação que agrega o PCP e Os Verdes mostra-se surpreendida e indignada com a conferência agendada para o dia 25 de Maio, em Sintra. A Coligação da Democracia Unitária acusa Durão Barroso, actual presidente da Comissão Europeia de “influenciar o ambiente político e os resultados das eleições para o Parlamento Europeu” que decorrem precisamente nesse dia.

A realização desta conferência é vista como algo “absolutamente inaceitável” porque, segundo o comunicado divulgado pela CDU, para além desta conferência ser dada no dia que é, vai contar ainda com a participação do presidente da Comissão Europeia, a par de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, e de Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional. Que são as mesmas instituições que compõem a troika que prestou auxílio a Portugal com o programa de assistência económica e financeira que termina dia 17 deste mês.

O protesto enviado a Durão Barroso “exige que a Comissão Europeia não só nela não participe como dela se demarque”. Acrescentando ainda que esta iniciativa “afronta as leis nacionais em vigor”, como a legislação eleitoral e a “própria soberania nacional”. A lei eleitoral portuguesa proíbe iniciativas de índole política no dia anterior e no próprio dia das eleições.

O Bloco de Esquerda, que já se queixou à CNE - Comissão Nacional de Eleições e ao Presidente da República sobre este caso, argumentou que o dia escolhido para a conferência e a maneira como ia ser realizada era uma “golpada eleitoral” onde iria ser feita propaganda da troika sem que os partidos da oposição pudessem fazer qualquer tipo de comentários.

Notícia editada por Maria Lopes

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