Depois de Durão, Seguro é recebido sexta-feira por Cavaco

Encontro foi pedido por António José Seguro para falar sobre o agravamento da situação económica e social do país.

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O líder do PS é recebido esta sexta-feira pelo Presidente da República, a seu pedido, depois de uma semana de diligências políticas sobre a situação do país em que se inscreveu a audiência com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

Ao que o PÚBLICO apurou, António José Seguro pediu a reunião com Cavaco Silva no âmbito das suas preocupações com o agravamento da situação económica e social do país. Preocupações que levaram Seguro a dirigir uma carta aos chefes políticos da troika no início da semana, pedindo que nesta sétima avaliação ao programa de ajustamento português, que se inicia na segunda-feira, seja feita uma avaliação política da situação do país, e não apenas uma avaliação técnica do cumprimento do memorando.

Nessa carta, o líder do PS afirmava que "a situação económica e social se agravou fortemente" nos últimos meses no país, lembrando que, "segundo os dados mais recentes, a taxa de desemprego atingiu os 16,9%, isto é, a maior taxa de todos os tempos em Portugal. Hoje temos 923 mil desempregados registados e 40% dos jovens não têm emprego". "Estamos à beira de uma tragédia social. Chegou o momento de dizer basta!", escreveu Seguro, pedindo uma avaliação politica "que deve desenhar uma estratégia credível de consolidação das contas publicas, dando prioridade ao crescimento económico e à criação de emprego".

No segunda-feira, Seguro levou estas mesmas preocupações a Bruxelas, onde se reuniu com o candidato do SPD à chancelaria da Alemanha, Peer Steinbruck, com o primeiro-ministro belga, Elio di Rupo, e com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, do qual disse ter percebido "compreensão" para com as suas preocupações.

Na altura, o secretário-geral do PS considerou que "este dia de contactos foi bastante positivo". "Estou a fazer aquilo que me compete como líder político português, que é lutar pelos interesses dos portugueses e sensibilizar os responsáveis políticos que a via da austeridade excessiva não resolve nenhum problema", disse.
 
 
 
 
 

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