Cristas diz que a questão Banif foi tratada ao nível da ministra das Finanças

Em entrevista ao Jornal de Negócios, a líder do CDS assume ainda a defesa do seu antecessor: "Há uma diferença para Maria Luís. Portas saiu da política."

Foto
Assunção Cristas, líder do CDS Pedro Cunha

São cinco páginas de entrevista a Assunção Cristas sobre vários assuntos de actualidade: o Banif, a Caixa, a contratação de Paulo Portas pela Mota engil, a Segurança Social, os contratos de associação e até as eleições autárquicas. A líder do CDS falou com André Verísismo e Elisabete Miranda, jornalistas do Jornal de Negócios, e aproveitou a ocasião para se demarcar tanto do anterior parceiro de governação, como do seu antecessor no partido. "Acho que nunca lhe telefonei a perguntar: 'Ó Paulo, diz-me lá o que farias aqui'."

A frase que o jornal chama para a primeira página é relativa à questão do Banif. Diz Cristas que "o Banif nunca foi a Conselho de Ministros". Nas páginas interiores, a ideia está explicada: "Na verdade, a informação que tive sobre o Banif foi aquela que depois veio a público. Não queria estar a assacar culpas quando há uma comissão de inquérito a funcionar, e não é nada claro que se possa dizer que o anterior governo é responsável ou que há um responsável único".

Em matéria de Segurança Social, tema definido como prioridade pelo PSD, Assunção Cristas assume que "a Segurança Social é sustentável", mas não para pagar pensões. O que a também deputada quer dizer é que é preciso "arranjar um modelo que respeite a solidariedade e a expectativa das pessoas".

A entrevista termina com algumas perguntas sobre autárquicas. Nas respostas, Cristas revela que a nível local tem havido conversas com o PSD sobre esse assunto e que a nível nacional os contactos ainda não foram iniciados. Mas, defende a líder do CDS, a ideia é manter as coligações "onde elas estiverem a funcionar bem e onde a avaliação for positiva". Questionada sobre se não a incomoda o factod e o PS, no Porto, também ter declarado apoio a Rui Moreira, responde: "é a prova de que o CDS tinha razão".

 

 

Sugerir correcção
Comentar