Costa elogia "serenidade do PS" perante um "choque brutal"

O novo líder do PS abordou logo de inicio a prisão preventiva de Sócrates. E anunciou que proporá um secretário-geral adjunto no PS caso seja eleito primeiro-ministro.

Fotogaleria
Fotos Daniel Rocha
Fotogaleria
Daniel Rocha
Fotogaleria
Daniel Rocha
Fotogaleria
Daniel Rocha
Fotogaleria
Daniel Rocha
Fotogaleria
Daniel Rocha
Fotogaleria
Daniel Rocha
Fotogaleria
Daniel Rocha
Fotogaleria
Daniel Rocha
Fotogaleria
Daniel Rocha
Fotogaleria
Daniel Rocha
Fotogaleria
Daniel Rocha
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria

António Costa elogiou "a responsabilidade e serenidade que têm revelado" os socialistas "perante um choque que para todos é brutal".

Discursando de improviso na sua primeira intervenção como secretário-geral do PS, no XX Congresso que decorre na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa, António Costa tratou logo de inicio de abordar a prisão preventiva de José Sócrates, ex-secretário-geral e ex-primeiro-ministro. Assim afirmou: "Um partido é também uma relação de afecto e, por isso, quero felicitar os socialistas pela forma exemplar como têm sabido enfrentar uma prova para a qual nunca ninguém está preparado."

E sublinhou: "Todos temos sabido separar os sentimentos da política e todos temos sabido mostrar a fibra de que se faz um partido como o PS - a fibra daqueles que, contra ventos e marés, acreditam e não resvalam na sua confiança no Estado de Direito e nos seus valores essenciais".

Arrumada a questão, passou de imediato para a sua agenda e o ataque ao Governo. Anunciou, desde logo que, se for eleito primeiro-ministro, António Costa, proporá ao PS a eleição de um secretário-geral adjunto para garantir o funcionamento do partido. Esta medida terá como fim “manter o partido unido” e “activo”.  

Com esta medida, António Costa diz pretender manter a mobilização. O anúncio foi feito depois de reconhecer que no passado, o partido tinha sido descurado nos momentos em que o PS estava no Governo. E depois justificou a razão dessa medida: "A melhor forma de controlar o poder é os partidos assumirem-se como devem ser. Quanto maior a participação, maior o escrutínio", disse no Parque das Nações.

O novo líder conseguiu levantar a sala do Congresso quando rematou as suas críticas ao Governo. "Se este Governo tivesse visão estratégica já se tinha ido embora", disse. Os delegados voltaram a levantar-se quando criticou a submissão às políticas alemãs e atacou o Banco Central de Frankfurt.

Acordos, não obrigado
Criticando o Governo PSD-CDS, António Costa rejeitou a possibilidade de o PS entrar em acordos. "Os compromissos que a maioria deseja não são compromissos para servir para Portugal ou para servir portugueses, mas para amarrar-nos conjuntamente à pedra que os arrasta para o fundo. Queriam levar-nos com eles nesta lenta agonia que enfraquece o país. Ora, tal privaria o país de uma alternativa credível e sólida para fazer a mudança", garantiu, frisando que as bancadas da maioria não aprovaram nenhuma proposta do PS para o Orçamento do Estado para 2015.

No seu discurso, além de recuperar os principais pontos da sua "Agenda para a Década" e de atacar o Governo, Costa apontou ainda a Europa como o "novo espaço de combate político" para defender a necessidade de "reconstruir o espaço de alianças na Europa". E depois explicou com quem estava disposto a aliar-se: "Não desistimos de ser socialistas nem de ser europeus", afirmou.

Elogiando o plano Junkers, Costa sustentou que ele é "insuficiente e incerto", mas "vai no bom sentido", pois reconhece que não se vence a crise "sem que haja investimento".

Sugerir correcção
Ler 10 comentários