Costa fala em "boas notícias" do INE e de Bruxelas

O primeiro-ministro salientou esta manhã que o país tem razões para ficar satisfeito com os resultados do desemprego e com a aceitação de Bruxelas do Orçamento português.

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António Costa fez esta quarta-feira um balanço positivo do Programa Nacional de Reformas Enric Vives Rubio

António Costa apresentou esta quarta-feira de manhã os resultados do Programa Nacional de Reformas e perante os dados nacionais dos últimos dias, diz que "teve boas notícias". Costa referia-se aos dados do desemprego divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que mostram uma descida da taxa de desemprego no terceiro trimestre para os 10,5%, mas também à posição de Bruxelas em relação ao Orçamento para 2017.

"Tivemos uma boa notícia", disse o primeiro-ministro referindo-se em primeiro lugar às declarações do comissário europeu Pierre Moscovici que considerou que o Orçamento português cumpria as regras europeias e em segundo lugar a votação do Parlamento Europeu que recomenda a Comissão Europeia a não sancionar Portugal e Espanha por causa dos défices do ano passado.

Mais tarde, em declarações aos jornalistas, Costa salientou mais "boas notícias". Disse o primeiro-ministro que ficou "reconfortado" com os números do desemprego. "Mostra que estamos a ter sucesso naquilo que era o grande objectivo da nossa política económica".

Também aos jornalistas, o ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva, salientou não só a descida do desemprego, como a subida do emprego duradouro. "Os dados mostram que há uma evolução positiva, sustentada no mercado de trabalho. Não só a taxa de desemprego cai para 10,5%, o valor mais baixo desde há muitos anos, como cai face ao trimestre homólogo e ao trimestre anterior. Mas também há - e este é talvez o dado mais importante - um crescimento do emprego. Não é apenas o desemprego que diminui, em cerca de 68, 69 mil postos de trabalho, como há perto de 90 mil postos que são criados. A taxa de desemprego está a diminuir não porque as pessoas se vão embora, porque deixam de procurar trabalho, mas porque estão a ser criados novos postos de trabalho", defende o ministro.

Na leitura dos dados, Vieira da Silva diz que significam que a "economia tem dinamismo, que não está parada" e que está a criar o "melhor emprego. "O que cresce em maior volume é o emprego duradouro e isso é uma boa novidade. O trabalho estável, sem aquele fim imediato contratado. O que chamamos o melhor emprego está a crescer mais", referiu.

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