Costa defende que quem não assume a história não tem condições para liderar

Em Coimbra, Manuel Alegre juntou-se a António Costa para criticar Seguro e a sua proposta de redução de deputados, que classifica de "populista".

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António Costa pediu desculpa a Cavaco Silva "pelo muito desagradável incidente ocorrido no içar da bandeira nacional" Rui Gaudêncio

O candidato às primárias do PS António Costa avisa que quem não assume a história do partido "em toda a sua integralidade, não está em condições" para o liderar.

"Temos de assumir toda a nossa história em toda a sua plenitude", defendeu o candidato a secretário-geral socialista em Coimbra na segunda-feira à noite, asseverando que "quem não percebe a natureza própria do PS, quem não é capaz de assumir a história em toda a sua integralidade, não está em condições para liderar o partido".

Para António Costa, o líder do PS também "não pode responder à letra" ou gerar "ataques pessoais", referindo que "muitas vezes" teve que se fazer de "desentendido" e "não responder à letra". "Mais importante que ganhar a 28 [de Setembro], é unir o partido a 29 e conseguir representar todo o partido", sublinhou o candidato, referindo que "quem não é capaz de unir o seu partido, não é capaz de unir Portugal".

Alegre acusa Seguro de “populismo”

Presente no jantar com simpatizantes e militantes no Pavilhão dos Olivais, em Coimbra, o ex-candidato presidencial Manuel Alegre subiu ao palco para acusar o secretário-geral de recorrer a um "populismo incompatível com o PS" ao propor a redução do número de deputados de 230 para 181. "Isso não é a cultura democrática do PS", disse, sustentando que "falso moralismo nada tem a ver com a transparência ou ética republicana".

Manuel Alegre sustentou que a ideia de que "arco da governação é uma armadilha que pretende amarrar o PS à direita, como uma espécie de 3.º partido à direita", frisando a necessidade de diálogo e de "trabalho sem ilusões" com o PCP e o BE e de espaço para movimentos de cidadãos.

Aquando da fundação do partido, "defendíamos uma democracia parlamentar e um parlamento pluripartidário, com uma larga representação nacional, onde coubessem as mais diversas sensibilidades", recordou Manuel Alegre, considerando que a proposta de Seguro "põe em risco a permanência dos mais pequenos partidos".

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