Circunstâncias para acumulação de funções "são diferentes", diz Costa

O actual presidente da câmara municipal de Lisboa anunciou em Maio a sua disponibilidade para disputar a liderança do Partido Socialista.

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, justificou a sua mudança de posição sobre a possibilidade de assumir a liderança do PS e manter-se à frente da autarquia com o facto "as circunstâncias {serem] diferentes".

"As circunstâncias são hoje diferentes, como toda a gente sabe, e portanto há outras condições diferentes", referiu esta terça-feira à Lusa, António Costa quando questionado sobre declarações ao semanário Expresso, que publicou no sábado um questionário no qual o autarca indicava que se irá manter na Câmara de Lisboa caso seja eleito secretário-geral do PS.

Não querendo especificar o que mudou em concreto, o presidente do município, que falava no final da cerimónia de apresentação do programa para 2014 e 2015 do procjeto Art on Chairs, em Lisboa, assinalou apenas que "mudou tanta coisa no mundo".

No início de Junho, o grupo municipal do PSD apresentou, na Assembleia Municipal, uma moção questionando Costa acerca de declarações sobre a compatibilidade dos cargos, mas o documento acabou por ser rejeitado, com votos contra do PS, do PCP, do BE, do Partido Ecologista Os Verdes (PEV), do Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) e dos deputados independentes (eleitos nas listas do PS).

A moção recordava que António Costa tinha dito, em Julho de 2013, que era "incompatível ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa e presidente do Partido Socialista".

Também em 2011, na altura em que se discutia a sucessão de José Sócrates na liderança dos socialistas, António Costa explicou que não entrava na corrida à liderança por não ser "possível acumular a liderança do PS e a presidência da Câmara de Lisboa".

António Costa anunciou em Maio a sua disponibilidade para disputar a liderança do Partido Socialista.

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