CGD: PSD não quer fazer "autópsia, mas evitar que morra"

Maria Luís Albuquerque quer saber se Portugal vai dar os créditos como perdidos.

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Maria Luís Albuquerque assinou o requerimento qu Enric Vives-Rubio

O PSD quer conhecer os motivos do Governo para injetar 4 mil milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos, porque não quer uma "autópsia", mas "evitar que (o banco público) morra", disse hoje em Torres Vedras a vice-presidente do partido Maria Luís Albuquerque.

Chegou a ser noticiado que a ex-ministro das Finanças não era favorável à comissão de inquérito pedida pelo PSD. Mas acabou por assinar o requerimento potestativo que obrigada a que esta seja constituída.

Aos militantes do PSD, defendeu a posição do partido. "Não queremos fazer uma autópsia, queremos evitar que o doente morra. Queremos e temos o direito de saber, num banco que é público, se há problemas que justifiquem a injeção de quatro ou cinco mil milhões para podermos democraticamente discutir e para termos uma palavra a dizer em tempo útil e não depois do facto consumado", afirmou Maria Luís Albuquerque, durante uma intervenção dirigida a militantes da distrital do PSD/Oeste.

A ex-ministra das Finanças justificou assim o pedido de uma comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), depois de várias tentativas para conhecer a situação do banco público e consequentes recusas de esclarecimento pelo Governo.
"É muito preocupante a falta de respeito democrático que está subjacente a estas reações", defendeu.

Para Maria Luís Albuquerque, é fundamental perceber se também "há outras questões a ver com o sistema bancário metidas dentro do mesmo saco e saber se a CGD vai dar como perdidos muitos dos empréstimos que concedeu ou se vai atrás desse dinheiro".

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