CDS-PP exige pedido de desculpa pela “lama” que PCP lançou ao secretário de Estado

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Nuno Magalhães é o líder parlamentar do CDS-PP Nuno Ferreira Santos

O CDS-PP exigiu hoje ao PCP um pedido de desculpa, acusando os comunistas de terem lançado “lama” para o nome do secretário de Estado da Alimentação, que os comunistas disseram ter “garantido” o lugar de director-geral de Veterinária.

“O PCP deixou de ser um partido institucionalista e desceu à baixa política. Esperamos um pedido de desculpa”, disse o deputado do CDS-PP Abel Baptista, que acusou o PCP de se ter armado em “sniper político”.
Depois de os comunistas terem mantido as acusações a Nuno Vieira e Brito, o líder da bancada do CDS-PP, Nuno Magalhães, acusou o PCP de querer “lançar lama para cima do nome das pessoas”.

Em causa está a acusação na quarta-feira de que Nuno Vieira e Brito foi, um dia antes de ser nomeado secretário de Estado, “nomeado director-geral de Veterinária por um período de cinco anos, o que significa que quando deixar de ser governante tem o seu lugar de director-geral de Veterinária garantido”, conforme disse o deputado do PCP João Ramos.
O deputado comunista afirmou ainda que “o agora secretário de Estado fazia parte da comissão de recrutamento e selecção para a administração central, como perito, ou seja, avaliou o seu curriculum e tomou esta decisão de selecção do director-geral”.

O CDS-PP, através de Abel Baptista, rebateu todas as acusações, dizendo que “é mentira” que o lugar de director-geral de Veterinária tenha sido garantido, já que “a própria lei” estabelece que quando um dirigente assume determinadas funções, cessa as outras para as quais tivesse sido nomeado.
Segundo Abel Baptista, Vieira e Brito “nem sequer tomou posse como director-geral de Veterinária” e igualmente “é mentira” que o actual secretário de Estado da Alimentação tenha sido perito no seu próprio concurso.

“O PCP apenas quis fazer um ataque pessoal”, defendeu, sublinhando que os comunistas não deram “qualquer relevância” às “muitas competências técnicas e académicas” de Vieira e Brito, que é igualmente membro da Assembleia Municipal de Guimarães, eleito pelo CDS.

O deputado comunista João Ramos reiterou as afirmações e sublinhou que a sua “fonte” de informação foi o Diário da República.

“Consegue-nos dizer que quando sair de secretário de Estado não vai ocupar cargo de director-geral de Veterinária? Então porque é que foi nomeado?”, questionou João Ramos.

O PS, através do deputado Miguel Freitas, disse reconhecer “valia técnica” nos nomeados, sublinhando, sobretudo, não encontrar “matéria política para mais uma Secretaria de Estado no Ministério da Agricultura”.

O deputado socialista sublinhou que “o senhor primeiro-ministro finalmente disse qual era a linha vermelha em matéria de fundos agrícolas: mais 900 milhões de euros em fundos agrícolas”.

“Isso significa que a linha vermelha do Governo nesta negociação é manter exactamente o mesmo nível de apoios agrícolas que tivemos entre 2007 e 2013. Esperamos sinceramente, a bem da agricultura portuguesa, que esse resultado seja obtido”, afirmou.

Miguel Freitas argumentou, por outro lado, que se hoje for aprovado o orçamento, “o Ministério da Agricultura ainda não preparou, para além das linhas gerais, nenhum documento para avançar dia 1 de Janeiro de 2014 com os fundos ao investimento agrícola”.

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