Cavaco Silva volta a pedir consenso entre os principais partidos

Trabalhadores qualificados e motivados são o capital mais importante das empresas, considera o Presidente da República, que prefere, no entanto, não se pronunciar sobre o aumento do salário mínimo nacional.

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Daniel Rocha

O Presidente da República voltou nesta segunda-feira a sublinhar a importância de “um entendimento de médio prazo” entre as principais forças políticas e disse ter “alguma esperança” de que os partidos se sentem à mesa com esse objectivo. Até porque, segundo Cavaco, “é o que os portugueses querem e do que o país precisa”.

No seu discurso no Instituto Politécnico de Tomar, por ocasião dos 75 anos da IBM em Portugal, Cavaco Silva elogiou a empresa como “um exemplo para o país” de que é possível alcançar “consenso” entre as principais forças políticas, que se colocaram de acordo sobre o projecto da IBM.

“Surpreende-me que Portugal seja um pouco a excepção, porque me chegam notícias frequentes, até da nossa vizinha Espanha, de diálogo frutuoso entre as diferentes forças políticas”, disse, para concluir que “os partidos em Portugal têm que se habituar a trabalhar também em conjunto principalmente nas grandes orientações para o futuro". 

Com o foco no crescimento económico e na criação de emprego como motores para Portugal, o chefe do Estado considerou que “trabalhadores motivados e qualificados” são imprescindíveis. "Sendo os trabalhadores o capital mais precioso das empresas, o desafio de qualificação da base laboral nacional é uma prioridade. Só com trabalhadores capacitados e motivados será possível às empresas afirmarem-se no terreno competitivo", disse Cavaco Silva.

 Mas questionado à saída da cerimónia sobre o aumento do salário mínimo nacional, disse: “Essa é uma matéria tratada no conselho permanente de concertação social e sobre a qual não vou expressar opinião em público". Mas o Presidente também frisou que  a competitividade do país "não se encontra nos salários baixos”.

Já sobre o guião da reforma do Estado, o Presidente da República voltou a considerar que é um “documento aberto a contribuições”, mas não deixou de dizer que “mais tarde ou mais cedo” Portugal teria de “avançar no sentido da reforma do Estado”.

 
 
 
 
 
 

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