Cavaco quer ver replicado sucesso do sector do calçado por outras áreas da indústria portuguesa

No âmbito da terceira jornada do Roteiro para uma Economia Dinâmica, o Presidente da República visitou esta sexta-feira. no Norte, várias empresas de calçado que são uma referência internacional.

Foto
Cavaco Silva sublinhou que apenas o sector privado pode promover as alavancas do crescimento Luís Ramos

O Presidente da República, Cavaco Silva, decidiu fazer da indústria do calçado o tema da terceira jornada dos seus Roteiros para uma Economia Dinâmica (RED) e esta sexta-feira, no Norte, onde se concentram muitas destas empresas, declarou que “o sucesso do sector do calçado é um factor de confiança no futuro do país”. Em Guimarães, uma das etapas do roteiro, onde presidiu à homenagem a alguns empresários do sector, o Presidente da República afirmou que os indicadores da economia portuguesa recentemente divulgados são um factor de confiança e de algum conforto que contrariam o “negativismo que diariamente se difunde (…)”.

Cavaco destacou “o sucesso da indústria do calçado”, sublinhando que “é um factor de confiança no futuro do país a que se juntam outros indicadores positivos recentemente divulgados”, como é o caso do “crescimento da produção em 1% hoje [ontem] revelado pelo Instituto Nacional de Estatística”, a par do aumento do emprego e do índice de prosperidade feito em 142 países por um think tank inglês, que coloca Portugal em 26.º lugar.

Os números no INE conhecidos esta sexta-feira que apontam para um crescimento da economia portuguesa de 0,2% no terceiro trimestre, relativamente ao segundo, e de 1,0% face a igual período do ano passado encaixaram que nem uma luva na mensagem que o chefe de Estado trazia preparada.

“Face ao negativismo que diariamente se difunde na comunicação social e nos discursos, não deixa de nos trazer algum conforto sabermos que apenas 26 países do mundo são mais prósperos do que Portugal, num mundo que tem mais de 190 países”, disse ainda numa alusão ao índice de prosperidade feito por um think tank inglês.

Empolgado pelos indicadores do INE, Cavaco aproveitou a sua intervenção para saudar empresários e trabalhadores pelo acordo a que APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele) e federação dos sindicatos do sector chegaram para a revisão do contrato colectivo de trabalho, que contempla um aumento salarial de 3,5% a partir de 2015.

Mais à frente, o chefe de Estado voltaria a elogiar o sector, referindo que “se destaca no nosso panorama industrial pela visão dos seus empresários e pela capacidade de construção e afirmação de um espaço próprio no mercado global”.

Com quase 1700 empresas e mais de 41 mil trabalhadores, a indústria do calçado – disse ainda Cavaco Silva - “soube pôr em marcha um modelo dinâmico, sustentado e pragmático de desenvolvimento integrado – um modelo que merece ser reconhecido e estudado como exemplo a seguir por outras áreas da indústria e do empreendorismo nacional”.

Vila Nova de Gaia, Felgueiras, Guimarães e S. João da Madeira foram os concelhos que fizeram parte dos Roteiros para uma Economia Dinâmica e que levaram o Presidente da República a visitar algumas das marcas portuguesas que se internacionalizaram com sucesso.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários