Catarina Martins diz que BE “está mais forte e coeso”

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Catarina Martins não quis comentar Enric-Vives Rubio

A deputada e coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, não comentou este sábado nas jornadas autárquicas bloquistas, no Porto, as propostas de três bloquistas a defender o fim das correntes originais do BE. Preferiu sublinhar que 13 anos depois de ter sido criado, o Bloco “está mais forte” e “mais coeso” na liberdade e na pluralidade.

“O Bloco de Esquerda tem 13 anos, foi formado por partidos diferentes, por movimentos diferentes, queriam dar resposta às necessidades concretas, transformação do país”, recordou Catarina Martins na sua intervenção nas jornadas que arrancaram no Porto e terminam este domingo.

No seu discurso sublinhou o percurso e o crescimento do BE. “Aqui estamos, 13 anos depois, muito maiores do que aquilo que o Bloco era no início, com muito mais gente, muito mais pluralidade e muito mais coesão nessa pluralidade e nessa liberdade, com muita mais resposta para dar numa esquerda que se quer popular, combativa, de liberdade, de homens e mulheres que não viram a cara aos combates mais difíceis”.

Catarina Martins lembrou depois várias bandeiras e combates de sempre do Bloco. “Hoje não há quem não reconheça no Bloco essa capacidade de ter ideias locais e de lutar por elas, na reabilitação urbana, no acesso à habitação, naquilo que são os serviços públicos, no combate às negociatas com a água ou as negociatas pelo acesso à população ou à cultura (...)”, enumerou, afirmando que “é um grande percurso”.

No primeiro dia das jornadas autárquicas do BE,  Catarina Martins assegurou que o partido vai entrar no combate das freguesias que se oponham à extinção ou fusão com outras. “Fica clara a disponibilidade, o empenho do BE, no apoio a todas as freguesias que decidam impugnar a decisão da sua extinção ou fusão com outras. Estaremos nesse combate”.

 

Catarina Martins recordou que o Tribunal Constitucional deu razão ao BE ao dizer que é possível haver referendos para as populações decidirem o futuro das suas freguesias e criticou a “reforma a martelo” que o ministro Miguel Relvas quer para as freguesias ao decretar a “sentença de morte” a 1.165 freguesias.

“Não dizemos que nada deve ser mudado, nunca o dissemos, nós queremos transformar este país. Queremos um país mais justo, com mais democracia, com mais representatividade, com mais democracia. O que dissemos, é que não se cortam freguesias a régua e esquadro, porque não tem sentido”, acrescentou, arrancando aplausos dos cerca de 150 bloquistas presentes.

Uma segunda garantia que a líder bloquista anunciou durante o seu discurso nas jornadas é que o Bloco de Esquerda ia votar contra a Lei das Finanças Locais e "apresentar alternativas”.
 

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