Catarina Martins diz que argumentos de Daniel Oliveira são caricaturais

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O “sucesso de Martins mandou arrepios a todo o establishment da Europa”, refere a revista americano. DR

A coordenadora do BE, Catarina Martins, lamentou nesta quarta-feira a saída de Daniel Oliveira do partido, mas recusou comentar os fundamentos apresentados pelo bloquista, considerando que são "caricaturais" e não ilustram a realidade.

"Nós estamos sempre interessados em debater o BE, a forma como funciona, temos sempre muito prazer em fazê-lo, mas vamos fazê-lo sobre o que é o BE e não sobre o que é uma caricatura do BE", afirmou Catarina Martins.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, a coordenadora bloquista não quis comentar as críticas violentas e acusações que Daniel Oliveira faz na carta que escreveu à direcção do partido para comunicar que deixará de ser militante.
Na carta, conhecida na terça-feira, Daniel Oliveira diz que o BE é hoje "um factor de bloqueio, alimentando-se e alimentando o sectarismo" e acusa Francisco Louçã, anterior coordenador, de não ter desistido de "continuar a coordenar, sem ocupar o cargo".

"O que me deixa perplexo é o completo autismo da direcção do Bloco, que, enquanto o país se desmorona, se entretém com estes pequenos golpes palacianos, num partido com uma militância tão reduzida", refere a missiva.
Para Catarina Martins, "debater caricaturas não tem sentido".

"O Daniel Oliveira decidiu afastar-se do BE, é uma decisão pessoal, está no seu direito, nós naturalmente lamentamos sempre que estas situações ocorrem", repetiu.

Questionada sobre se considera que nenhum dos argumentos do comentador político merecem discussão, a deputada do BE insistiu que "qualquer pessoa que leia o texto e conheça a vida do BE compreenderá que é um texto escrito em tom caricatural".

"É um direito que assiste ao Daniel, lamentamos que tenha decidido afastar-se, mas é assim mesmo, uma decisão pessoal", repetiu novamente.

Já questionada sobre se Francisco Louçã continua a dirigir o partido apesar de já não ser líder, Catarina Martins lembrou que o fundador do partido foi eleito para a Mesa Nacional (órgão máximo entre convenções com 80 elementos), mas já não faz parte da Comissão Política, nem da coordenação.

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