Cartas ao director

Combater a fraude e evasão fiscais

Em 2008, no Reino Unido foi criado um grupo de estudos denominado “nugde” para melhorar a implementação de políticas públicas. Nessa altura, o governo britânico enfrentava alguns problemas com a fraude e evasão fiscais e este foi um dos principais alvos do nudge. Numa dessas iniciativas, o grupo notificou todos os indivíduos com dívidas fiscais entre 356 libras e as 20 mil libras, com mensagens sugestivas e motivadoras, como a informação de que 90% das pessoas da sua localidade cumpriam as suas obrigações ao fisco e impostos.

Este simples procedimento, permitiu acelerar em cerca de 5% os pagamentos em atraso. Em Portugal, medidas simbólicas e com reduzidos custos poderiam melhorar a eficiência da cobrança fiscal e reduzir os gastos judiciais das cobranças coercivas.

João António Ramos, Póvoa de Varzim

 

Quem tem dado cabo do país?

Terá sido a atribuição dos rendimentos mínimos e de reinserção social, o mitigar de estômagos de uns quantos milhares nas cantinas sociais, a atribuição das reformas quase de miséria, o ‘abismal’ salário mínimo nacional, o apoio estatal às misericordiosas IPSS que desgraçaram o país? NÃO!

O que dizer dos ordenados topo dos topos do mais alto dos himalaias a tantos aprendizes de banqueiros, as mordomias escandalosas e as reformas principescas que os bancos ‘criminosamente’ têm dado a amigalhaços glutões de muitos milhões, que tudo derretem em proveito próprio, em detrimento da sociedade que os alimenta e que por eles foi saqueada, bem como os criminosos financiamentos a indivíduos que arruinaram o país?

O que dizer de certo mundo político que tem dado cobertura a tais criaturas de casaca e de colarinhos brancos que tanta podridão escondem?

Estes é que têm desgraçado a nação, não produzindo ‘palha nem grão’, como o vetusto e sempre improdutivo Marão.

José Amaral, Vila Nova de Gaia

As greves

Se dúvidas houvesse que é o PCP que manda na CGTP, este ano de geringonç, vem confirmar à saciedade esta dependência. Aonde estão os comboios parados, as portas do Metro fechadas, os autocarros nos locais de recolha que infernizavam a vida dos que queriam ir para o trabalho,  o caos nas urgências dos hospitais e as filas nas Finanças, os professores em passeio manifestativo, os políticos das esquerda  à frente das manifs desde a Alameda até ao Chiado?

Claro que tudo isto é fruto da composição governamental onde o PCP tem o papel decisório. A reposição de salários e outras regalias tiradas a todos nós pelo governo PSD/CDS que fustigou o país com medidas duríssimas para restaurar um país estilhaçado pelo anterior governo PS, foi conseguida à custa duma CGTP contida.

Conclui-se, então, que quando há vontade de uma negociação séria, sem a carga ideológica dos partidos, pode haver acordo entre as entidades patronais e sindicatos. Oxalá que esta calmaria na geringonça, não venha a ser perturbada por qualquer tornado que até as vacas faça voar.

Duarte Dias da Silva, Lisboa

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