Candidatura de Costa “não faz, obviamente, sentido”

Rápida e indolor. Foi assim que decorreu e terminou a Comissão Nacional do PS, com António Costa a assumir não fazer sentido avançar para a liderança e Seguro a assumir a paternidade do “Documento de Coimbra”.

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António Costa Paulo Pimenta

O secretário-geral do PS reclamou este domingo como suas as Bases Comuns de Orientação Estratégica aprovadas com duas abstenções na Comissão Nacional.

Numa conferência de imprensa realizada após o fim da reunião, António José Seguro incluiu os “contributos” de Costa entre os “vários” que recebeu ao longo dos últimos dias: “Eu não negociei com ninguém, este documento não é nenhum acordo”, frisou Seguro depois de apresentar o documento como um “contributo importante para que os militantes conheçam as minhas ideias”.

Momentos antes falara António Costa, assumindo não existir agora espaço ou razão para um candidatura alternativa à liderança de Seguro. “Neste contexto, não faz, obviamente, sentido”, disse o presidente da Câmara de Lisboa ao referir a convergência em torno do documento originalmente denominado “Portugal Primeiro” mas que foi rebaptizado ainda antes do fim da Comissão como “Documento de Coimbra”. Coincidência ou não, o primeiro título era igual à Moção de Pedro Passos Coelho na sua candidatura vencedora à liderança do PSD.

O actual líder socialista  admitiu ainda utilizar o texto aprovado este domingo para a preparação da sua moção ao próximo Congresso – que fica marcado para 26, 27 e 28 de Abril – e também do próprio programa eleitoral do PS às legislativas de 2015.

António Costa classificou ainda a reunião de hoje como “um ponto de viragem” no PS, reconhecendo encontrar os seus documentos nas Bases Comuns. ”Saímos daqui em melhores condições”, disse o autarca antes de elogiar o diálogo. “O secretário-geral soube ouvir”, rematou.

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