Candidato do PS à Câmara do Porto quer “dar voz a todos e fazer ouvir” os cidadãos
Manuel Pizarro quer “dar espaço às pessoas” para que todas possam contribuir com um conjunto de propostas sobre a cidade.
O líder da concelhia e candidato do PS à presidência da Câmara do Porto, Manuel Pizarro, vai lançar no sábado o movimento “Fazer Ouvir o Porto”, que tem por objectivo “dar voz a todos os cidadãos da cidade”.
“Consideramos que é decisivo, num momento em que o Porto enfrenta tão graves dificuldades e problemas, que se devolva essa capacidade de os cidadãos fazerem ouvir a sua voz”, afirmou, em declarações à Lusa, Manuel Pizarro.
Segundo o candidato socialista, a ideia é “dar espaço às pessoas” para que todas possam contribuir com um conjunto de propostas sobre a cidade.
“'Fazer Ouvir o Porto' significa isto mesmo: ouvir o que as pessoas dizem e dar uma projecção diferente ao que dizem”, bem como fazer com que os cidadãos “sintam que há no Porto um político que está disponível para os ouvir e dar-lhes voz”, disse.
O socialista entende que só dando voz às instituições, às empresas e a todos os munícipes é possível reconhecer e ambicionar uma cidade mais desenvolvida, com mais emprego e mais oportunidades.
Manuel Pizarro considerou que os mais de 10 anos de governação do autarca social-democrata Rui Rio traduziram-se num “grande divórcio entre a cidade e o poder municipal”.
Com o contributo de “todos” os cidadãos do Porto, que assentará na recolha de testemunhos e depoimentos por via escrita, telefónica e audiovisual, Manuel Pizarro pretende realizar o seu programa eleitoral.
Se vencer as eleições autárquicas, salientou, pretende também governar a cidade tendo por base os contributos dos cidadãos.
Esta é, frisou, “uma forma diferente de fazer política, uma forma de fazer politica que tenta vencer aquilo que é hoje o enorme fosso entre cidadania e a acção politica”.
O socialista só acredita “numa mudança para a cidade se ela for assente numa grande participação dos cidadãos”, prometendo que “é para isso” que vai lutar.
“O Porto só será bem sucedido num desígnio de progresso e inclusão social se todos pudermos dar o nosso contributo, não estando à espera apenas de uma qualquer câmara salvífica que nos traga soluções miraculosas”, sublinhou.
O lançamento deste movimento decorrerá no sábado, pelas 16h00, no Mosteiro de S. Bento da Vitória, e conta já com o apoio do psiquiatra Júlio Machado Vaz.
Questionado sobre quando pretende apresentar o seu programa eleitoral, Pizarro apontou o mês de Abril, afirmando que definiu já como prioridade para a cidade “recuperar uma trajectória de desenvolvimento económico e criar emprego”.
“Não podemos falar de uma cidade de progresso e não podemos falar de inclusão social numa circunstância como a que temos hoje, em que tantas pessoas estão privadas daquilo que é o seu trabalho, o trabalho que é um direito essencial para a realização de um ser humano”, concluiu.
Manuel Pizarro afirmou estar “preocupado em fazer uma campanha construtiva e não numa campanha contra ninguém”.