Arménio Carlos: "Há uma inversão da política, mas é preciso ir mais longe"

No início da manifestação, em Lisboa, o líder da CGTP cruzou-se com Ana Catarina Mendes, do PS, e com Catarina Martins, do BE.

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Catarina Martins (BE) e Arménio Carlos (CGTP) no início da manifestação Miguel Manso
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As forças partidárias que governam podem mudar, mas há símbolos que não desaparecem da manifestação do Dia do Trabalhador Miguel Manso
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Catarina Martins (BE) Miguel Manso
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Um símbolo de Abril no Dia do Trabalhador Miguel Manso
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Como habitual, em Lisboa, a manifestação do 1.º de Maio terminará na Alameda Dom Afonso Henriques Miguel Manso
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Início da manifestação Miguel Manso
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As palavras de ordem contra quem governa hoje desapareceram, mas mantiveram-se os slogans a favor da reposição de direitos dos trabalhadores Miguel Manso

A manifestação do 1.º de Maio começou este domingo na Praça do Martim Moniz em Lisboa, com quase uma hora de atraso. Antes da marcha que assinala o Dia do Trabalhador, o líder da CGTP, Arménio Carlos, falou com Ana Catarina Mendes, secretária-geral-adjunta do PS, e com Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda. Questionado pelo PÚBLICO sobre a actuação do novo Governo, Arménio Carlos afimou que "há uma inversão da política, mas não basta, é preciso ir mais longe" referindo-se à necessidade de pôr fim à precariedade.

Assim que se cruzou com a secretária-geral-adjunta do PS, o líder da central sindical deu início a um diálogo que se manteve com os microfones e os gravadores dos jornalistas ligados. “Virámos a página da austeridade”, começou por dizer Ana Catarina Mendes que sublinhou como uma “conquista importante” o aumento do salário mínimo, “no que foi possível”. A dirigente do PS disse concordar com Arménio Carlos no que diz respeito à relação com instituições além-fronteiras: “Temos de resistir às pressões internacionais”. Perante os desafios de do líder da CGTP, a secretária-geral-adjunta do PS afirmou que é preciso “uma maior exigência de condições para os trabalhadores e uma recusa de regressar à política do anterior Governo”. “É isso que estamos a construir: é a alternativa”.

Minutos depois, chegou a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins. Assim que se cruzou com Arménio Carlos este diz-lhe: “Acreditamos que agora vai”. Por seu lado, a dirigente do Bloco sublinhou aos jornalistas que o salário mínimo aumentou, os impostos baixaram e os rendimentos foram devolvidos. “Isto é importante, mas há muito para fazer”, disse Catarina Martins que alinhou com as bandeiras da CGTP nesta manifestação que terminará na Alameda Dom Afonso Henriques, em Lisboa.

Outro dos líderes partidários na manifestação, Jerónimo de Sousa, afirmou que a actual solução governativa, de apoio parlamentar à esquerda, “não vem travar ou esmorecer a luta, pelo contrário”. Relativamente ao apoio do PCP ao Governo de António Costa, o líder do PCP garantiu que os comunistas “estão empenhados seriamente para que as coisas andem para a frente”. Em declarações alinhadas com a posição de Arménio Carlos, Jerónimo de Sousa falou ainda das “imposições externas que nos limitam e que nos condicionam” numa alusão ao Tratado Orçamental e ao semestre europeu.

Ao longo da marcha na Avenida Almirante Reis, as palavras de ordem podem ter sido alteradas - deixaram de ter como principal alvo o Governo – mas há slogans que se mantêm: “Pelo aumento dos salários!”; “O povo unido jamais será vencido!”; “Desemprego em Portugal é vergonha nacional!”; “É urgente e necessário o aumento do salário!”.

Os bombos das Karma Drums Portugal no 1.º de Maio de Lisboa

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