António Costa pede força em Lisboa para governar em contraciclo

Contra "o culto da austeridade", mas com rigor. O socialista apresentou a sua candidatura à capital sob o olhar atento de inúmeros socialistas. Mas sem António José Seguro na plateia.

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António Costa está à frente da capital há seis anos Nuno Ferreira Santos

António Costa apresentou nesta quarta-feira a candidatura Juntos Fazemos Lisboa, que integra movimentos de cidadãos liderados por Helena Roseta e José Sá Fernandes. O actual presidente da câmara de Lisboa pediu maioria para continuar a governar em contraciclo à gestão política do país.

Um verdadeiro quartel-general de socialistas. Num momento em que a possibilidade de um compromisso de salvação nacional divide o PS, houve um momento esta tarde, em Lisboa, que uniu os socialistas. A apresentação da candidatura de António Costa a Lisboa. Faltou o secretário-geral, António José Seguro, debaixo da pala do Pavilhão de Portugal, na Expo. Não faltaram os ex-Presidentes da República, os históricos do partido, os homens fortes dos ex-primeiros-ministros António Guterres e José Sócrates.

Mário Soares, Jorge Sampaio, Manuel Alegre, Almeida Santos, Ferro Rodrigues, Vitorino, Vieira da Silva, Jorge Coelho, Maria de Belém Roseira. E, claro, os deputados mais novos: Duarte Cordeiro, Pedro Delgado Alves, João Galamba. E até Carlos César veio dos Açores dar um abraço ao “velho amigo” Costa. faltou o secretário-geral do SP, António José Seguro.

Apoiantes de peso para darem força ao actual presidente da câmara da e candidato que quer voltar a ganhar Lisboa com maioria absoluta nas eleições autárquicas agendadas para 29 de Setembro. Para fazer o que acha que já fez em seis anos à frente da capital do país: governar em contraciclo e mostrar ao pais que é possível substituir austeridade por rigor, paralisação por investimento e desemprego por estímulos à actividade económica e ao emprego.
 
“Foram quatro anos sempre em contra-ciclo. Reduzimos a dívida do município quando o endividamento do país aumentava, reforçámos ao investimento quando tudo parava, demos prioridade à escola pública e aos apoios sociais contra o empobrecimento, baixámos os impostos quando todos aumentavam, estimulámos o emprego e apostámos nas empresas contra o desemprego e a recessão”, afirmou António Costa.

Sem uma palavra para a actual crise política, fez apenas questão de incluir no discurso de cinco páginas um parágrafo para o “orgulho” que sente em ser do PS, sem referir, porém, o nome de Seguro: “Sou, com muito orgulho, do PS, a quem agradeço todo o apoio que me tem dado, desde o presidente da concelhia, Rui Paulo Figueiredo, ao secretário-geral, e à presidente do partido, Maria de Belém Roseira.”

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