O novo primeiro-ministro não sentiu qualquer intranquilidade em Bruxelas relativamente à situação política portuguesa.

António Costa, que participou este domingo na sua primeira cimeira Europeia, disse à saída da reunião que “toda a gente está muito tranquila com a situação portuguesa.”

De acordo com o novo primeiro-ministro não há razões para que não haja tal tranquilidade, uma vez que o governo “dispõe de maioria parlamentar sólida que assegura estabilidade e um programa de governo que é inequívoco quanto à participação portuguesa no âmbito da União Europeia.”

Já à entrada para a reunião, António Costa tinha reforçado a ideia de que o seu executivo irá cumprir com todas as regras Europeias.

Costa, que recebeu as boas-vindas dos seus colegas governantes, adiantou que ainda não há data para a entrega do Orçamento do Estado em Bruxelas.

Portugal é o único país do euro que não respeitou a data de 15 de Outubro para entrega das linhas orçamentais para 2016 – o que já afectou o trabalho da Comissão Europeia, que publicou no início deste mês a sua avaliação dos orçamentos para os restantes membros da união monetária.

O envio será “tão brevemente quanto possível,” garantiu Costa. Questionado sobre se considerava razoável apontar a aprovação final do Orçamento de Estado de 2016 para Março, Costa limitou-se a dizer que não. "Não, não creio que seja razoável", afirmou.

Naquela que foi a sua primeira intervenção em Bruxelas como primeiro ministro de Portugal, António Costa disse que a cimeira “correu muitíssimo bem.” Esta teve como objectivo reforçar a cooperação entre a UE e a Turquia no combate à crise dos refugiados. 

“Portugal estava aliás numa posição confortável, porque não é só membro de corpo inteiro da União Europeia, como um velho aliado da Turquia no âmbito da NATO,” disse o primeiro-ministro.