Alegre compara "vírus socialista" de Rangel ao discurso nazi

Resposta socialista à expressão do “vírus socialista” foi do desprezo implícito de Seguro à indignação violenta e assumida de Manuel Alegre.

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“É preciso reforçar a dimensão atlântica de Portugal”, defende Manuel Alegre Nuno Ferreira Santos

Foi uma resposta em uníssono, através de golpes vindos de diversos lados, com que os socialistas reagiram, esta segunda-feira à noite, ao cabeça de lista da direita. O socialista histórico, o candidato e o líder: nenhum ficou indiferente ao mais recente ataque de Rangel. Que foi visado ao longo do comício de Coimbra, organizado num pavilhão repleto.

O ex-deputado socialista e antigo candidato à Presidência da República, Manuel Alegre, foi o mais violento na resposta à comparação do PS, feita pelo cabeça de lista do PSD e CDS, a um “vírus socialista” que necessitava ser combatido com a “vacina” que era o voto na coligação.

Classificando a expressão como uma “ofensa à democracia”, Alegre criticou a “falta de memória histórica” do social-democrata por recorrer àquela expressão em particular. “Há umas dezenas de anos, na Europa houve um partido que disse que os judeus eram um vírus que era preciso exterminar. O PS não é um vírus, é um grande partido da democracia e da tolerância”, denunciou

Também o concorrente directo de Rangel reagiu ao ataque, embora de forma menos assertiva. Francisco Assis referiu-se ao episódio para demonstrar como a “palavra também pode ser a antecâmara da violência”.

O assunto foi encerrado pelo secretário-geral do PS, que contrapôs à indignação assumida por Alegre, o seu desprezo implícito: “Que diferença ouvir Paulo Rangel e ouvir Francisco Assis. Que diferença política, cívica, intelectual, que diferença em termos de democrata íntegro e verdadeiro”

 

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