Albuquerque quer combater insucesso escolar na Madeira

Executivo regional vai investir 25% do Orçamento do próximo ano na Educação.

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Parlamento da Madeira deixa de comemorar o 25 de Novembro RUI GAUDÊNCIO

Com uma taxa de abandono escolar próxima dos 20%, o presidente do Governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, admitiu esta quinta-feira, no parlamento madeirense, que o arquipélago tem um “passado triste” nesta matéria, assumindo o compromisso de inverter esses números.

Falando no debate mensal na Assembleia madeirense, que foi subordinado à Educação, Albuquerque colocou como objectivo uma taxa de abandono escolar na ordem dos 5/6% - em linha com os números europeus -, anunciando que um quarto do Orçamento regional do próximo ano será investido no sector.

“A região gasta cerca de 340 milhões de euros, o que equivale a 25% do Orçamento”, sublinhou o chefe do executivo madeirense, apontando como segundo objectivo do governo PSD a melhoria do rendimento dos alunos.

Mesmo assim, e apesar do investimento, Albuquerque lembrou que o futuro passa por uma restruturação do parque escolar, através da fusão de estabelecimentos de ensino, numa região que tem uma população estudantil próxima dos 49 mil alunos e 6.300 docentes.

Com críticas às editoras, por não respeitarem a Lei do Livro e estarem constantemente a alterar os manuais, o presidente madeirense anunciou ainda mudanças estratégicas na política de apoios ao desporto, através da priorização das modalidades a apostar.

Fora de tema, e em resposta ao desafio do deputado do CDS, Lopes da Fonseca, Albuquerque defendeu que o 25 de Novembro, apesar de ser uma data relevante no contexto da revolução de 1974, não merece o “destaque comemorativo” do 25 de Abril.

Em causa, está a decisão do parlamento regional em não assinalar o 25 de Novembro  com uma sessão solene, como aconteceu durante as maiorias de Alberto João Jardim. Nos últimos anos, por decisão do ex-líder madeirense, ‘Abril’ era comemorado a 25 de Novembro, apesar dos protestos da oposição, que acabavam por assinalar a data da ‘revolução dos cravos’ fora da Assembleia, em sessões públicas.

A extinção da sessão comemorativa do 25 de Novembro foi apoiada esta semana por todas as bancadas, com excepção do CDS, que embora não se opondo ao regresso do 25 de Abril ao parlamento, queria manter a outra sessão.

A história, justificou Albuquerque é “muito subjectiva”, mas daqui a 100 anos é o 25 de Abril, não de Novembro, que continuará a ser festejado.

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