Activista constituída arguida por ofensas à PSP

Paula Montez nega ter atirado pedras à polícia na manifestação de 14 de Novembro.

Foto
Manifestação do passado dia 14 de Novembro Miguel Manso

Na última sexta-feira, Paula Montez foi constituída arguida pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) por acusações de ofensa à integridade física da PSP. A activista foi informada das denúncias por um telefonema, no telemóvel pessoal – que não está em seu nome –, por uma funcionária do DIAP apenas dois dias antes da audição.

“Ainda julguei que era uma brincadeira porque soube por telefone, não foi nada formal”, admitiu Paula Montez ao PÚBLICO. A activista nega a acusação de ter atirado “cerca de 20 pedras” à PSP na manifestação de 14 de Novembro, que culminou com uma carga policial.

Paula Montez garante que, nesse dia, não foi abordada nem identificada pela polícia e pergunta: “Como é possível ter sido vista a atirar coisas, contarem uma a uma as cerca de 20 pedras que eu não atirei, mas que alguém afirma ter-me visto atirar, e deixarem-me à solta para atirar mais?”

Na audição no DIAP foram mostradas várias fotografias em que a activista está de braço no ar a segurar um objecto que os “denunciantes” referiram ser pedras. Contudo, Paula Montez assegurou ao PÚBLICO que tinha na mão uma máquina fotográfica e acrescentou que as fotografias são “de má qualidade, muito ampliadas e sem definição”.

Paula Montez vê a acção como "uma atitude de desespero" de uma entidade que "procura um bode expiatório” e que, por outro lado, “quer intimidar pessoas”. Porém, diz estar “tranquila e com vontade de levar o caso até às últimas consequências”.

A activista disse ainda ter “conhecimento de outras pessoas que estão a ser ouvidas” relativamente a acções da manifestação da última greve geral.
 
 

Sugerir correcção
Comentar