A dança das cadeiras

Os novos nomes das listas de candidatos a deputados e os que já não regressam em Outubro ao Parlamento.

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Nuno Ferreira Santos

O PSD orgulha-se de ter feito 60% de renovação nas listas em relação a 2011, enquanto as contas da Lusa apontam para cerca de 45% de saídas. Do CDS não se conhecem estes números, mas os dirigentes afirmam também ter havido renovação q.b. Alguns dos nomes mais representativos desta dança das cadeiras.

PSD
Os estreantes nas listas

Manuel Luís Rodrigues (2º Coimbra)
Tomou posse na primeira mini-remodelação do Governo, em Outubro de 2012, como secretário de Estado das Finanças de Vítor Gaspar, recebendo de Maria Luís Albuquerque uma parte das suas atribuições, quando esta ficou apenas com a pasta do Tesouro. Era na altura vice-presidente do PSD e integrou a equipa de Catroga que negociou com a troika. Tem 35 anos, é licenciado em engenharia civil, mestre em gestão de empresas e doutorado em finanças.

Pedro Lomba (4º Faro)
Secretário de Estado-adjunto do ministro Miguel Poiares Maduro desde Abril de 2013, teve as pastas da migração e da comunicação social e foi a cara (queimada) dos briefings que Poiares Maduro queria implementar. Fora até aí professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e um activo comentador na blogosfera. Mantém-se como independente. Tem 37 anos e é de Lisboa.

Miguel Morgado (13º Porto)
Natural de Setúbal, é assessor político de Pedro Passos Coelho desde 2011, licenciou-se em economia, mestre em ciência política e relações internacionais e doutorado em ciência política – tudo na Universidade Católica, onde é professor. Tem 41 anos e é-lhe atribuída a autoria dos discursos do primeiro-ministro. Entre outras obras, traduziu John Locke, Francis Bacon e Montesquieu.

Sara Madruga da Costa (1ª Madeira)
Aos 36 anos, Sara Madruga da Costa vive desde Março a primeira experiência parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira. Advogada de profissão, entrou no PSD-Madeira pela jota, passando para a linha da frente do partido com a subida à liderança de Miguel Albuquerque, de quem foi apoiante desde a primeira hora.

Os que saem
Miguel Macedo, Miguel Relvas, Couto dos Santos, Pedro Lynce, Mota Amaral, José Manuel Canavarro, Mendes Bota, Manuel Meirinho, Fernando Nobre, Carlos Moedas e Almeida Henriques tinham sido todos cabeças de lista há quatro anos. Saem também Assunção Esteves, Paulo Mota Pinto, Arménio Santos, António Rodrigues, António Prôa, Mónica Ferro, Francisca Almeida, Luís Menezes e Miguel Frasquilho.

CDS-PP
Os estreantes nas listas

Vânia Dias da Silva (9ª Braga)
Tem 37 anos, é advogada e natural de Guimarães. Vice-presidente da concelhia centrista do Porto e conselheira nacional do CDS, tem sido os olhos e ouvidos de Paulo Portas no Governo. É a sua subsecretária de Estado-adjunta oficial – foi-o quando Portas era ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e depois acompanhou-o para o gabinete de vice-primeiro-ministro.

Mariana Ribeiro Ferreira (6ª Setúbal)
Foi presidente do Instituto da Segurança Social desde 2011, quanto o centrista Pedro Mota Soares chegou ao ministério, até há duas semanas. Antes da nomeação era vereadora da Acção Social, Saúde, Voluntariado e Habitação da Câmara de Cascais. Fora assessora parlamentar do CDS quando Nuno Melo liderava a bancada. Tem 41 anos.

Francisco Mendes da Silva (19º Porto)
Advogado, de 35 anos, foi o candidato do CDS-PP à Câmara de Viseu em 2009. É fiscalista e comentador político da televisão humorista Canal Q, e também membro da comissão política nacional.

Ana Rita Bessa (6ª Lisboa)
Membro da comissão política nacional do CDS-PP, é economista e considerada especialista em temas de educação. Tem 41 anos, e trabalha no grupo editoral Leya e foi uma das adesões ao CDS anunciadas por Paulo Portas no congresso de 2014, onde apresentara a moção de estratégia de João Almeida e Mesquita Nunes. É o segundo nome centrista na capital.

Filipe Anacoreta Correia (20ª Lisboa)
É o único opositor declarado ao presidente e líder da única tendência organizada dentro do CDS crítica de Paulo Portas, o Movimento Alternativa e Responsabilidade. Mostrou-se disponível para disputar a liderança do CDS com Portas no congresso de 2014, mas a sua moção acabou rejeitada. Tem 42 anos e concorre num lugar elegível em Lisboa. É advogado e integra o conselho nacional do partido.

Os que saem
José Ribeiro e Castro, Teresa Anjinho e Adolfo Mesquita Nunes são os nomes mais conhecidos. Não são também candidatos o ministro da Economia, Pires de Lima, e os secretários de Estado Paulo Núncio, João Casanova de Almeida e Miguel Morais Leitão.

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