18 cidades portuguesas aderiram ao protesto europeu anti-troika

Mais de 100 cidades da Europa serão palco de manifestações neste sábado.

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Nuno Ferreira Santos

Lisboa, Porto, Aveiro, Beja, Guimarães, Setúbal e Vila Real são algumas das 18 cidades portuguesas que aderiram ao protesto europeu do movimento “Povos Unidos contra a ‘troika’” que se realiza neste sábado.

Marcada para 102 cidades europeias de 18 países, a manifestação visa contestar as políticas erradas que se têm desenvolvido nos países onde a troika (Banco Central Europeu, FMI e Comissão Europeia) tem intervindo.

Em Lisboa, a manifestação, que sai de Entrecampos com destino à Alameda, irá parar na Avenida da República frente às instalações do Fundo Monetário Internacional (FMI), como forma de protesto pelas políticas de austeridade defendidas para Portugal por esta instituição internacional.

A Plataforma 15 de Outubro e outros movimentos sociais também se vão juntar à manifestação, argumentando que o protesto “será um repúdio dos povos às políticas da troika e dos seus subjugados governos nacionais.

Para a Plataforma, "no caso de Portugal, o governo de Passos e Portas obedece piamente às imposições da troika continuando a implementar duras medidas de austeridade que só trarão mais desemprego, recessão, miséria e fome".

“São medidas que farão os trabalhadores regredir mais de 100 anos na qualidade de vida, tudo para fazer lucrar cada vez mais”, critica.

Também a Associação José Afonso se mostrou solidária com a iniciativa, por considerar que continua a ser necessário “criar desassossego”, como José Afonso disse numa entrevista em 1985, refere um comunicado assinado pelo dirigente da associação, Francisco Fanhais.

Ao protesto, e segundo a organização, juntaram-se mais de 100 localidades em 12 países da Europa (Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, Croácia, Suíça, Áustria, Alemanha, Reino Unido, Irlanda e Holanda).

“Desta vez não será apenas Portugal a sair à rua, serão todos os povos da Europa a manifestar-se contra a receita da austeridade, a favor de que sejam os povos a decidirem as suas vidas”, lê-se num comunicada do movimento “Que se lixe a Troika”.

O linguista e a escritora norte-americanos Noam Chomsky e Susan George, o realizador britânico Ken Loach e a jornalista espanhola Pilar del Río incluem-se entre os apoiantes da manifestação internacional deste sábado.

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