João Soares acusa António Costa de "crise de egocentrismo"

Deputado lembra a "tragicomédia que terminou de forma absolutamente pífia" que Costa protagonizou há cerca de um ano.

Foto
Soares filho tem ideias diferentes de Soares pai Daniel Rocha

O deputado socialista João Soares acusou esta quarta-feira o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, de estar a sofrer uma "crise de egocentrismo" ao persistir no "disparate completo" de disputar a liderança do PS.

Em declarações à Lusa, o dirigente socialista disse não aceitar que a história de há um ano se repita, lembrando a "tragicomédia que terminou de forma absolutamente pífia", com o recuo do presidente da Câmara de Lisboa e a confirmação de António José Seguro na liderança do PS.

"Há menos de um ano tivemos um número parecido com este, uma tragicomédia que terminou de forma absolutamente pífia. As pessoas é que não têm memória na nossa terra. António Costa fez exatamente o mesmo número e, depois, chegou à comissão politica e disse que não era candidato", recordou.

O ex-presidente da autarquia disse não lhe apetecer votar todos os anos a mesma questão, lembrando que o Congresso Extraordinário do PS legitimou Seguro com uma vitória e não uma derrota.

João Soares acusou António Costa de estar a sofrer uma "crise de egocentrismo, narcisista e sebastianista", recordando que "não há homens indispensáveis na terra".

O dirigente socialista lembrou ainda as eleições autárquicas de 2013, nas quais votou em António Costa para a presidente da autarquia de Lisboa, sublinhando que é um "desrespeito" pelo seu voto que agora este responsável político pense em entregar a Câmara a outra pessoa.

"Votei no António Costa e declarei-o publicamente. Não estou disponível que alguém em quem votei entregue a câmara, seja a Helena Roseta ou a outro qualquer. É um desrespeito pelo meu voto, voto por princípio republicano. Não aceito isso, é um disparate completo", frisou.

António Costa manifestou terça-feira disponibilidade para "assumir as responsabilidades" na liderança do partido, depois de ter considerado que "à derrota histórica da direita nas europeias não correspondeu uma vitória histórica do PS".

Sugerir correcção
Comentar