cartas à directora, 30/08

Trabalhar até à exaustão
Desde 2013 saíram do SNS 1700 enfermeiros e, revela  a Ordem desta classe, que já faltam 25 mil! Trabalham turnos seguidos, há unidades só com 10% de efectivos e no hospital psiquiátrico de Leiria (a psiquiatria é a bastarda da medicina) há situações em que “no serviço está apenas um enfermeiro por turno”, revela ao DN, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. O ministro da Saúde afirma que a exaustão dos enfermeiros se deve à acumulação de funções. Ninguém acumula dois horários num só dia, quando é decentemente remunerado. Mas, há uma total inverdade da parte do ministro. Vejamos: O Instituto de Ciências Sociais da Católica do Porto fez um estudo sobre as condições de trabalho dos enfermeiros portugueses.
Resultados: Enfermeiros só conseguem completar 1/4 do serviço existente, apesar de trabalharem para lá do seu horário; metade não têm tempo para cuidar devidamente dos pacientes e orientar os seus familiares; 30% não têm disponibilidade para alimentar e higienizar os utentes; 43% querem sair do hospital onde prestam funções; 96% estão insatisfeitos com o salário e, mais gravíssimo ainda, 73% dos enfermeiros apresentam sintomas de exaustão emocional [esgotamento psicológico]. Ainda há mais razões... O ministro da Saúde mente e a ministra das Finanças tarda em autorizar a contratação de novos enfermeiros.
Os ricos têm saúde privada, os pobres são privados da saúde!
Vítor Colaço Santos , S. João das Lampas

O primeiro-ministro do PS
Aí estão já os cartazes do PS para a escolha do seu Primeiro-Ministro de Portugal
A coisa propagandeada assim, com tantas certezas, faz-nos duvidar do êxito de semelhante objetivo..
Repare-se que as Primárias não são para escolher o secretário-geral, mas o Primeiro-Ministro. No entanto, deve ter-se em atenção que os portuguese não são parvos e sabem que o PS sem dinheiro para distribuir não vai conseguir governar, além de que não pode cumprir as promessas de reposição do «statu quo ante» e tem que cumprir os compromissos de pagamento da dívida.

Por outro lado, é preciso contar com o PSD que, certamente, verá o governo baixar um pouco os impostos e abrir um a porta através de alguns subsídios aos jovens que quiserem aumentar a natalidade.

Aliás as sondagens já dão uma vantagem à coligação PSD/CDS. Vai ser uma grande deceção se o PS não ganhar as eleições legislativas. Talvez seja a melhor maneira de acabar a guerra da sucessão, serenarem os ânimos e acabarem as rivalidades internas.

Artur Gonçalves, Sintra

PÚBLICO ERROU

No artigo de José Loureiro dos Santos “Choque das civilizações – o Estado Islâmico”, publicado ontem, foi referido que o ISIS pretende reconstruir “o califado erigido pelos sucessores de Maomé no século VII AC”. Na verdade, o autor queria assinalar o século VII depois do nascimento de Cristo e não antes. Aos leitores, as nossas desculpas.

Sugerir correcção
Comentar