Cartas à Directora

Natal e greve da TAP

Milhares de portugueses tiveram de procurar no estrangeiro a possibilidade de trabalhar ou estudar. Nas quadras festivas, e no Verão, procuram reencontrar a Pátria que lá fora amam com mais emoção.
Seria, por isso, de esperar que governantes e cidadãos em geral lhes facilitassem este regresso fugaz e a partida logo inevitável. Mas a realidade nem sempre é esta.
Trabalhadores da TAP na minha opinião com montes de razão, pois nem tudo o que é português deve ser alienado escolhem esta quadra para realçar pela greve as suas razões. Má decisão.
Depois, um ministro que escreve à moda brasileira, julgo que não de forma "excecional", demonstra pouca sensibilidade. Pode perceber muito de economia não sou mestre nessa área mas arrisca-se a dar mostras de nem de economia perceber.
Natal é quadra de reencontro. Faço votos que trabalhadores da TAP e responsáveis pela direcção da empresa, com o avisado patrocínio dos nossos politicos, encontrem forma de salvar uma empresa que tem servido o País e que transporta, na cauda dos seus aviões, símbolos nossas e da Pátria-Irmã.
Feliz Natal.

Antides Santo, Leiria

Queda do desemprego é ficção 

Instâncias internacionais desconfiaram da diminuição do desemprego com razão. O executivo quer fazer crer que está a criar emprego... também por eleitoralismo. Não é preciso ser economista para perceber que, com o residual crescimento económico, a criação de trabalho/emprego é inexpressiva. A estimativa do INE sobre o terceiro trimestre deste ano aponta um aumento de emprego em 6%, cifra alcançada com novas metodologias de investigação... O Banco de Portugal (BdP), através do seu Boletim Económico de Inverno, nega aquela percentagem, revelando que o aumento da oferta de emprego cifrou-se apenas em 2,5% e, ainda assim, deste valor quase 1% são atribuídos a estágios profissionais financiados pelo Governo, através do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Quantos estagiários trabalhariam sem incentivos públicos? Assim, 1/3 dos 2,5% provem daqueles estágios. Até o insuspeito chefe do FMI afirma: "ninguém percebe como é que o desemprego está a baixar"(!). O BdP questiona a qualidade deste emprego (subsidiado) e resta saber como vai o INE revelar as próximas estatísticas, quando acabarem os apoios do IEFP, ao concluir que o emprego nas administrações públicas e por conta própria está a minguar. Honestidade não rima com a praxis do ministro do Emprego e Solidariedade. Vangloria-se com a descida duma décima e agora, que esta ”queda no desemprego” é uma ficção e uma mentira, ficar-lhe-ia bem ter pedido desculpa.

Vítor Colaço Santos , S. João das Lampas

O PÚBLICO ERROU

Na notícia Soldado da I Guerra Mundial explica como a disenteria ganhou resistências publicada quinta-feira, quem descobriu a penicilina foi Alexander Fleming e não Ian Fleming como erradamente se escreveu.

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