Cartas à Directora

A Igreja e o diabo do IMI

O artigo 26.ª da Concordata assinada entre o Estado português e a Santa Sé deve ser revisto. As paróquias devem pagar IMI, como a generalidade dos portugueses. Os ecónomos da Igreja Católica portuguesa estão em pólvora. As 4376 paróquias da pátria lusa foram notificadas para pagamento do célebre Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). António Costa está de parabéns! É inconcebível que famílias portuguesas vejam o diabo bater-lhes à porta ao receberem notificações de penhoras por não pagamento do famigerado imposto. É inumerável o património arquitectónico da Igreja católica em terras lusas. A Igreja deve pagar IMI.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

Deus, o demónio e o IMI

Depois de mais um aumento do IMI (incumprimento das promessas populistas de António Costa durante a propaganda eleitoral), temos agora a aplicação desse tenebroso imposto às Igrejas. Pela minha parte, como católico romano, quero aqui deixar o meu testemunho e veemente protesto que será traduzido num voto em branco em todas as eleições (aliás, é isso que já faço há muito tempo, enquanto as regras da democracia não forem profundamente alteradas; só que agora tenho mais um motivo).

Como pertenço à Igreja Católica, conheço-a bem por dentro; portanto, não ignoro e sofro pela existência da Inquisição, das Cruzadas e da pedofilia, mas também não ignoro e rejubilo com a preocupação da minha Igreja com os mais necessitados, desdobrando-se, por todo o Mundo, em missões assistenciais e de ensino que nenhuma outra Instituição realiza tão bem! Digo isto com a autoridade que me confere o facto de, por exigência da minha Igreja, eu próprio participar em obras de ajuda ao próximo e a olhar para ele como rosto de Deus.

Repito: - nenhuma outra Instituição no Mundo realiza tão bem tanto bem! Muito menos os partidos políticos, dos quais nada de bom se vê e que muito mal nos fazem; no entanto, estão isentos de IMI! 

(Atenção: - não estou a pôr em causa a inevitabilidade da existência de partidos políticos, sem os quais a democracia é impossível. Estou a exigir outra lei do financiamento dos partidos, ao nível da austeridade com que todos vivemos, excepto os políticos).

Desejo e espero que o Presidente da República diga aos portugueses o que pensa sobre este assunto.

José Madureira, Porto

O espaço da Festa do Avante!

O espaço da Festa do Avante! aumentou graças às contribuições de militantes e amigos e não de favores do Estado ou de grupos económico-financeiros, assim enalteceu o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

E sem querer defender a ‘minha dama’, que não é minha, mas que poderia muito bem ser, é de louvar o estoicismo partidário de um partido que muitos ‘democráticos’ apelidam de antidemocrático.

É que antidemocráticos ou ‘democráticos’ têm sido os continuados roubos na Banca, as corrupções ao mais alto nível, as ladroeiras parcerias, e outras tais que têm levado o país à bancarrota, dando ares de alto nível vivencial, quando deveríamos, devido a tanta malandragem, viver como uns mendigos, pedindo esmola nas esquinas de uma qualquer rua.

José Amaral, VN Gaia

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